DEZ COISAS QUE OS CATEQUISTAS

 

DEVERIAM SABER ANTES DE

 

COMEÇAR NA CATEQUESE.:

 

1ª – Você está sendo convidado para uma missão e não para uma simples tarefa que qualquer um executa. Encare a catequese como algo sério, comprometedor, útil. Suas palavras e suas ações como catequista terão efeito multiplicador se forem realizadas com ânimo e compromisso;

 

2ª – Sorria ao encontrar seus catequizandos. Um catequista precisa sorrir mesmo quando tudo parece desabar. Execute sua tarefa com alegria e não encare os encontros de catequese como um fardo e ser carregado;

 

3ª – Se no primeiro contratempo que aparecer você desistir, é melhor nem começar. A catequese, assim como qualquer outra atividade, apresenta situações difíceis. Mas que graça teria a missão de um catequista se tudo fosse muito fácil? Seja insistente e que sua teimosia lhe permita continuar nesta missão e não abandonar o barco na primeira situação adversa;

 

4ª – Torne os pais de seus catequizandos aliados e não inimigos. Existem muitos pais que não querem nada com nada na catequese. Mas procure centrar o seu foco naqueles que estão empolgados, interessados e são participantes ativos. Não fiquei apenas reclamando as ausências. Vibre com as presenças daqueles que são compromissados com a catequese e interessados pela vida religiosa de seus filhos;

 

5ª – Lembre-se sempre que você é um catequista da Igreja Católica. Por isso você precisa defender as doutrinas e os ensinamentos católicos. Alguns catequistas que se aventuram da tarefa da catequese, as vezes, por falta de preparo, acabam fazendo, nos encontros, um papel contrário aquilo que a Igreja prega sobre diversos assuntos. Isso é incoerência das maiores;

 

6ª – Não esqueça da sua vida pessoal. Por ser catequista, a visibilidade é maior. Então cuide muito dos seus atos fora da Igreja. Não precisa ser um crente, mas é preciso falar uma coisa e agir da mesma forma. A incoerência nas ações de qualquer cristão, passa a ser um tiro no pé;

 

7ª – Saiba que você faz parte de um grupo de catequistas e não é um ser isolado no mundo. Por isso, se esforce para participar das reuniões propostas pela equipe da sua catequese. Procure se atualizar dos assuntos discutidos e analisados nestas reuniões. Esta visão comunitária é essencial na catequese. Catequista que aceita a mudar catequese e acha que o seu trabalho é apenas com os encontros, está fora de uma realidade de vivência em grupo;

 

8ª – Freqüente a missa. Falamos tanto nisso nos encontros, reuniões e retiros de catequese e cobramos que os jovens e os pais não freqüentam as celebrações no final de semana. O pior é que muitos catequistas também não vão à missa. Como exigir alguma coisa se não damos o exemplo?

 

9ª – Seja receptivo com todos, acolhedor, interessado. Mas isso não significa ser flexível demais. Tenha regras de conduta, acompanhe a freqüência de cada um de seus jovens, deixe claro que você possui comando. Fale alto, tenha postura corporal nos encontros, chegue no horário marcado, avise com antecedência quando precisar se ausentar, mantenha contato com os pais pelo menos uma vez por mês. Você é o catequista e, através de você, o reino de Deus está sendo divulgado. Por isso, você precisa não apenas “aparentar”, mas ser catequista por inteiro;

 

10ª – Seja humilde para aprender. Troque idéias com os seus colegas catequistas. Peça ajuda se for necessário. Ouça as sugestões e nunca pense que você é o melhor catequista do mundo. Não privilegie ninguém e trate todos com igualdade. Somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. É Ele quem opera quem nos conduz e, através de nós, evangeliza. Seja simples, humilde e ao mesmo tempo forte e guerreiro para desempenhar a sua missão.

Nesta página trago a vocês um estudo sobre os apóstolos. O texto fala sobre a vida e características de cada um dos doze apóstolos escolhidos por Jesus, e, mais a menção de um décimo-terceiro apóstolo escolhido pelos próprios apóstolos, após a traição e morte de Judas Iscariotes. Se você quer aprender mais sobre esse assunto, vale a pena ler e estudar o conteúdo desta página.                                          

 

PEDRO O mais velho dos discípulos. Pescador, originário de Betsaida. Seu nome original Simão Bar-Jonas, isto é, "filho de Jonas", ou "filho de João". Jesus o apelidou como "Cefas", que significa "Pedra". Em grego, foi traduzido como "Petros", até o original Pedro. Tinha um caráter impetuoso, porém, era o mais apavorado. Era Pedro que respondia sempre pelos discípulos. Era ligado a Jesus, mais do que todos os outros discípulos. Vivia em Cafarnaum com o irmão, André, sua mulher e sua sogra. Jesus morou com Pedro por muito tempo.                                               

 

ANDRÉ Era irmão de Simão Pedro, e como ele, pescador em Cafarnaum. Dos doze, o primeiro a ser tirado das tranqüilas e fecundas águas do lago de Tiberíades para receber o título de pescador de homens, foi justamente André, seguido logo de João. André foi também o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre. A respeito de seu martírio, não há informação certa. Há informações que foi crucificado em uma cruz de braços iguais.                                                 

 

TIAGO Filho do pescador, Zebedeu e Salomé. Irmão mais velho do evangelista João. Era chamado "Thiago, o Maior". Os dois irmãos tiveram de Jesus o apelido, entre elogio e reprovação, de "filhos do trovão". Assim como os outros apóstolos, Thiago também foi vítima de perseguição movida pelas autoridades judaicas. Foi jogado no cárcere e flagelado, "alegrando-se muito por ter sido digno de sofrer torturas pelo nome de Jesus." Houve uma segunda perseguição, e uma terceira, ainda mais cruel, desencadeada por Herodes Agripa, para agradar os judeus. Este Herodes, mostrando-se digno do nome do tio, o assassino de João Batista, e do avô Herodes, dito o Grande, que tentou matar Jesus logo que nasceu; por um simples cálculo político, durante as festas pascais de 42 começou a perseguir alguns membros da Igreja. Mandou matar 'a espada' Thiago, irmão de João, e vendo que isto agradava aos judeus, mandou prender Pedro.                                           

 

JOÃO O mais jovem dos apóstolos. Irmão de Thiago Maior. Ocupa um lugar de primeiro plano no elenco dos apóstolos, provavelmente por se assemelhar a mãe, Salomé, mulher enérgica de fé sincera, que mais tarde se uniu aos discípulos de Jesus. Apesar de simples e não instruído, é evidente que o jovem conhecia o ensinamento dos essênios (ordem religiosa de João Batista), o que acentuou suas tendências apocalípticas. Ouvindo a pregação do Batista, João se convenceu da aproximação do Reino de Deus. Ele está entre os mais íntimos de Jesus. Está ao seu lado na hora da ceia. Durante o processo, e o único entre os apóstolos, que assiste à sua morte junto com Nossa Senhora. Conforme uma tradição unânime ele viveu em Éfeso em companhia de Nossa Senhora e sob o Imperador Domiciano, foi colocado dentro de uma caldeira de óleo fervendo, daí saindo ileso, e todavia com a glória de ter dado testemunho. Morreu devido a idade avançada em Éfeso, durante o império de Trajano, e aí foi sepultado.

 

MATEUS Seu nome era Levi Bar-Alfeu, ou filho de Alfeu. Matheus era o apelido dado por Jesus, originário de Matajja, isto é, "dom de Deus". Era o cobrador de impostos dos publicanos. É provável que tenha sido o próprio Matheus quem primeiro começou a colocar por escrito as palavras de Cristo, mais tarde. Abandonou o dinheiro para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã. "Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destróem, e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." Matheus, o rico coletor, respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Morreu apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia.

 

BARTOLOMEU É apresentado com o nome de Natanael Bar-Tholmai, isto é, filho de Tholmai, da cidade de Caná. Em hebraico, Tholmai quer dizer "arado ou agricultor". Todos os chamavam de "filho de Tholmai", o que originou o nome Bartolomeu. Bartolomeu viu os prodígios operados pelo Mestre, ouviu a sua mensagem, assistiu a sua paixão e glorificação, depois se tornou arauto da Boa Nova, aceitando com o mesmo entusiasmo as conseqüências de um testemunho comprometido. O apóstolo Bartolomeu, que era da Galiléia foi para a Índia. Pregou para aquele povo a verdade do Senhor Jesus, segundo o evangelho de São Matheus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo, passou para a Armênia, onde levou a fé cristã ao rei Polímio e sua esposa, e a mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja nos sacerdotes locais, que por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram a ordem de tirar a pele de Bartolomeu e decapitá-lo.                             

 

FILIPE Grande amigo de Bartolomeu, morava em Betsaida e sabia grego melhor do que todos. No relato da milagrosa multiplicação dos pães é a Filipe que Jesus dirige a bem conhecida pergunta: "Onde compraremos pão, para que esta gente possa comer?" Filipe não entende o significado da pergunta e depois de haver dado uma olhada para a multidão disse: " Duzentos denários de pão não seriam suficientes para que cada um receba um pedaço." O resto da vida de Filipe está encoberta na obscuridade, como também a sua morte. A tradição mais comum afirma que Filipe morreu crucificado em Gerápolis, aos 87 anos.                  

 

TOMÉ Mais um pescador. Tinha o apelido de dídimo, em aramaico. Logo em seguida, traduzido para o grego "Thomé", que significava "gêmeo". Segundo a tradição, seu nome verdadeiro era Judas.                            

 

O núcleo do Cristianismo

 A pessoa de Jesus e a proposta do Reino de Deus ontem e hoje

Jesus Cristo: sua pessoa e sua mensagem

 O Reino de Deus

Jesus ressuscita dos mortos

Textos indicados para meditação

 

Jesus Cristo: sua pessoa e sua mensagem

Comece perguntando a você mesmo(a) porque você é cristão(ã). É uma pergunta muito séria e que, pelo menos uma vez na vida, toda pessoa necessita fazer a si mesma(o). Pena que nem todos descobrem isso. A seriedade da pergunta vem do fato que o cristianismo se constrói a partir da livre adesão ao convite que Jesus faz a cada ser humano. Veja, por exemplo, como foi o encontro de Jesus com algumas pessoas. Lembre-se de Pedro, de Zaqueu, da Samaritana.....

O problema é que, para muitas pessoas, o cristianismo não se tornou uma questão de opção; nasceu em família cristã, educou-se em colégio religioso, casou na igreja, mora do lado da capela. Só que a fé não é uma coisa tão automática. Ela exige uma resposta livre e consciente. Ela exige adesão. Implica em opção. Jesus chama, nós ouvimos e, se o coração for tocado, acolhemos, respondemos e mudamos nossa vida. É por isso que vamos conversar sobre a pessoa e a mensagem de Jesus, procurando recordar os pontos principais do anúncio do Reino de Deus.

 De fato, lembre-se de que Jesus tinha um recado da parte de Deus Pai, uma Boa Notícia (Evangelho) para anunciar a todos os seres humanos. Por isso se diz que Ele é a própria “Palavra“ do Pai vinda ao mundo (Jo 1,14). “E a palavra se fez homem” . Ele não só diz verdades, mas é a própria Verdade “a luz verdadeira que, vinda ao mundo, ilumina todos os homens” (Jo 1,9). Durante cerca de trinta anos, Jesus ensinou a viver, não com palavras, mas com sua própria vida, trabalhando, servindo à sua família e ao povo de Nazaré, orando, amando, libertando. Depois, durante aproximadamente três anos, Jesus foi de aldeia em aldeia, dando o seu recado, ensinando e pregando ao povo.

 Mas afinal, qual era a mensagem do Mestre de Nazaré ? Sobre o que Ele falava ao povo?

Jesus falou sobre muitas coisas: falou sobre Deus, como Pai que nos ama; sobre o amor fraterno; sobre a vida e a morte; sobre a libertação e esperança; sobre criança e família, sobre a ação e oração... mas, toda a mensagem de Jesus pode ser resumida em:

 “O REINO DE DEUS”

É esta a idéia central de toda a pregação de Jesus, o centro de todo o Evangelho! Jesus pregava a Boa Notícia para todos. Todos eram convidados a participar de seu Reino. Mas, de fato, quem acreditava mesmo em Jesus e, com entusiasmo, aceitava a Boa Notícia do Reino, era o povo humilde da Galiléia. O Reino de Deus começa com o mundo do jeito que Deus quer, uma “Terra sem males, sem injustiça, sem fome, sem pecado; onde os seres humanos viviam unidos como irmãos e em profunda comunhão com Deus como filhos do Pai”. Isso não é utopia! Jesus já trouxe e implantou no mundo o Reino de Deus .

“O Reino de Deus já chegou” (Lc 11,20) e o deixou presente no coração de cada pessoa (Lc 12,31-32). O Reino de Deus, porém, é como uma pequena semente : “ele vai crescendo, mesmo que ninguém perceba”. (Mc 4,26-34). É como o trigo semeado no campo: o joio e as ervas daninhas, semeadas pelo inimigo do Reino, crescem mais rápido e até parecem sufocar o trigo, é preciso ter a paciência e a esperança, na certeza da vitória definitiva do Reino (Mt 13,24-30;36-43) .

Jesus deixa bem claro que a realidade do Reino, já presente e atuante no mundo, realizar-se-á plenamente só no “fim dos tempos”, quando “serão destruídas todas as forças do mal e Deus será tudo em todos!” (1 Cor1 5,24-28), quando haverá novo céu e nova terra, e Deus habitará com os homens e eles serão o seu povo, e ele enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca haverá mais morte, nem dor...” (Ap 21,14 ). Mas disse, “ninguém sabe nem o dia e nem a hora!” ( Mt 13,32). Por enquanto, nos resta a esperança e a certeza de que o Reino de Deus há de crescer, que o mal será vencido e o mundo será melhor, mas também uma enorme responsabilidade:

Jesus nos chamou para sermos seus colaboradores, para o crescimento de seu Reino no mundo. É esta a missão dos cristãos, como Igreja de Jesus Cristo: “ser semente, sinal e instrumento do Reino; ser como o fermento na massa ( Mt 13,33), como o sal que dá sabor (Mt 5,13), como a luz que ilumina”. ( Mt 5,4) E, enquanto lutamos para o crescimento do Reino em nós e no mundo, continuamente invocamos: “Pai, venha a nós o Vosso Reino!”.

 Mas que amor é esse?

 É o amor do jeito que Jesus viveu e ensinou e que assim resumiu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e com todo o teu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!”. (Mt 22,36-39).

 Nas bem-aventuranças (Mt 5,6-7) ao apresentar o amor como nova Lei do Reino, Jesus se refere constantemente à Lei dos 10 Mandamentos que Deus, por meio de Moisés, tinha dado ao Povo de Israel para ser um povo livre, povo justo e irmão, povo de Deus. Aconteceu que para muitos (fariseus, etc...), os mandamentos não foram visto como caminho para prosseguir.

Os judeus pensavam que eram bons e seriam salvos só porque não matavam, não roubavam, freqüentavam o templo. Jesus diz bem claramente que Ele não veio para acabar com a Lei de Moisés, mas sim para dar-lhe pleno cumprimento (Mt 5,17).

Para Jesus os “Dez Mandamentos” são ponteiros que indicam o caminho do amor, são como os primeiros e indispensáveis passos, numa “ longa e difícil estrada que conduz ao amor”. Se alguém diz: - Eu amo a Deus e, no entanto, odeia seu irmão, esse tal é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. Este é justamente o mandamento que recebemos de Jesus: “quem ama a Deus ame também o seu irmão” (Jo 4,20-21).

Mas como amar?

 Jesus diz: “Amem-se uns aos outros, como eu vos amei!” (Jo 15,12 ) .

 Está aí (“como eu”) o exemplo, a fonte inesgotável do verdadeiro amor. Amor com “A” maiúsculo. Amor que só aprendemos na escola de Jesus e num único livro: o Evangelho. Por isso é hora de pegar a Bíblia e começar a meditar sobre algumas parábolas contadas por Jesus acerca do Reino de Deus: 

 Mt 13,1-23 ( os diversos tipos de terreno) Mt 13,24-30 ( a semente boa e o joio) Mt 13,31-32 ( o Grão de mostarda) Mt 13,33 ( o fermento) Mt 13,44-46 ( o tesouro e a pérola preciosa) Mt 13,13-47 ( a rede ) Quando começamos a meditar em todas essas coisas, uma pergunta vem logo à nossa mente:

afinal quem é Jesus de Nazaré?

A pergunta estava na boca de todos: discípulos, adversários, povo, autoridades. Que tipo de homem era Jesus que os adversários temiam, que o povo exaltava com entusiasmo e que todos os discípulos amavam, mesmo sem ainda saber exatamente o que pensar diante das coisas incríveis que Ele fazia e dizia?

Que fenômeno era esse homem que, praticamente sozinho, em questão de meses e sem nenhum veículo de comunicação, a não ser a boca do povo, tornara-se conhecido em toda a Galiléia, Judéia e até em outras regiões? O que havia neste homem de tão extraordinário para que milhões de pessoas continuassem acreditando Nele, vivendo com Ele, dispostas a dar a vida por Ele? Com certeza, vale a pena conhecer um pouco mais sobre a vida e a personalidade do Nazareno .

Sobre a infância de Jesus, pouco sabemos, a não ser o que Mateus e Lucas nos conta nos seus Evangelhos. Em Nazaré, pobre e esquecido lugarejo da Galiléia, havia uma moça chamada Maria, prometida em casamento a um jovem chamado José. Deus revelou a Maria que ela se tornaria mãe de um menino, cujo nome seria Jesus e que isso aconteceria de um modo extraordinário, não por obra de uma relação sexual, mas obra do Espírito Santo.

 Para José não foi nada fácil entender isso, mas ajudado por Deus, ele soube respeitar a gravidez de sua noiva e acolheu Maria em sua casa como esposa. Depois de nove meses o menino nasceu... mas esta é uma história que todos já conhecem!!! O menino nasceu como todos os bebês, foi amamentado e foi crescendo, ajudado por seus pais. O garoto crescia em tamanho, em sabedoria, em amor para com Deus e para com todo o mundo.

Aprendeu a ler, a escrever, a conhecer as Sagradas Escrituras, a orar. Era conhecido por todos como o filho do carpinteiro José e é bem provável que tenha trabalhado junto a ele, durante toda a juventude, até os trinta anos. Jesus não era um super-homem!!! Era um homem que teve de se esforçar para crescer, aprender e a desenvolver-se em todos os sentidos. Um homem que se cansava, chorava, sofria, tinha momentos de alegria, mas também de tentação e de “fossa” e que se aborrecia com as coisas erradas e a falsidade. Jesus era gente, igual a nós em tudo, menos no pecado.

 Nada sabemos sobre a aparência de Jesus. Sabemos contudo da personalidade humana incrível que ele tinha! Manso e humilde de coração, carinhoso com os pequeninos que acorriam a ele, cheio de ternura para com seus amigos (Lázaro, Maria e Marta, Pedro e João), paciente e bondoso com os pecadores, Jesus era também enérgico e corajoso. Sabia sustentar suas convicções contra tudo e contra todos, enfrentou seus adversários, chamando os chefões religiosos de hipócritas, mentirosos, opressores do povo e expulsou com um chicote os que faziam do templo de Deus e da religião um comércio.

 Jesus era também sábio e prudente: evitava discussões inúteis, não provocava os adversários e nunca caiu em suas armadilhas. Para não ser mal interpretado e para não atiçar a ira dos que queriam a sua cabeça, Jesus questionava, exigia mudança de vida, renúncias e sacrifícios. Enfim, Jesus é o homem perfeito, o homem paradigma, o homem cheio do Espírito de Deus! Conforme Isaías tinha dito: “sobre ele repousará o Espírito do Senhor; Espírito de sabedoria e inteligência, Espírito de conselho e de fortaleza, Espírito de ciência e temor de Deus” (Is 11,2-3).

 Lendo os Evangelhos, refletindo com amor sobre essa personalidade tão completa de Jesus, dá mesmo para concluir que “humano assim, só Deus mesmo!” As obras de Jesus que provam que é Filho de Deus vivo, são toda a sua vida de amor e seus inúmeros milagres. Quem não se lembra da lista enorme de milagres e do poder de Jesus? E a prova suprema?

JESUS RESSUSCITA DOS MORTOS!

Muitos não aceitaram nem a vida, nem as palavras, nem as obras de Jesus de Nazaré. Preferiam eliminá-lo! Muitos continuam não acreditando. Mas milhões de seres humanos acreditam firmemente que Jesus é o Filho de Deus que se fez gente (“se encarnou”), verdadeiro Deus. Durante mais de dois mil anos inúmeros seguidores de Jesus apostaram e continuam apostando toda a sua vida neste Filho de Deus e naquilo que Ele propôs ao mundo.

Em Jesus de Nazaré podemos saber o que é e como age o Deus verdadeiro! Deus é tão próximo, tão amigo, tão ocupado e preocupado com a vida da gente, tão implicado em nossa luta contra o mal, a injustiça, a miséria, a falsidade, tão profundamente humano quanto Jesus manifestou sê-lo, lá na Palestina. “Jesus é o sacramento do Pai” , a “cara do Pai” .

 Não foi à toa que Ele disse “QUEM ME VIU, VIU O PAI” ( Jo 14,9).

Em Jesus podemos saber quem é o ser humano. Deus se encarnou, se fez gente, para nos mostrar o que é ser gente. Jesus é o modelo perfeito para o ser humano, desde o começo criado “à imagem e semelhança de Deus”. É a imagem do “homem novo” a que todos somos chamados a ser (Col. 3,10).

 E mais uma coisa: com a encarnação, Deus uniu-se de modo especial a toda a humanidade e cada ser humano é, assim, um valor imenso, divino. Por isso, Jesus nos diz: “Tudo o que fizerem ou deixarem de fazer, sobretudo aos mais pequeninos e sofredores, é a mim que vocês farão ou deixarão de fazê-lo” (Mt 25,31-46).

Textos indicados para meditação Jesus ama o povo:

 Mt 9,35; Jo 6,1-11 (partilha dos pães); Lc 19,47-48 Jesus ama seus discípulos e amigos: Jo 11,17-44 (ress.Lázaro); Jo 13,1-17 (lava pés); Jo 15-17 (chamo vocês de amigos) Jesus ama os pobres e as crianças: Mt 11,25-30 (meu fardo é leve); Mc 10,46-52 (cura de Bartimeu); Lc 6,20-23 (o Reino de Deus é dos pobres); Lc 18,15-17 (deixem as crianças) Jesus é paciente e bondoso com os pecadores: Mt 9,9-13 (come c/pecadores); Lc 15,1-7 (a ovelha perdida); Jo 8,1-11 (a adúltera) Jesus é corajoso, livre, bom, pobre: Mt 21,12-13 (expulsa os vendedores do templo); Mt 12,9-14; Mt 11,29; Mt 8,20 Jesus é cheio do Espírito de Deus: Mt 3,16-17;4,1; Mt 12,28; Lc 4,14-21 (o “programa” de Jesus); Lc 10,21

 Outros textos para exame:

Mt 9, 35-38; Mt 10,1 (Jesus vê o povo perdido e lhes dá pastores); Lc 20,20-26 (A César o que é de César...); Mt 12,9-14 (Jesus cura no Sábado); Mt 3,16-17; Mt 4,1-11 (tentação); Mt 12,22-32 (pecado s/perdão); Mt 12,33-37 (se plantarmos árvore boa, o fruto será bom); Jo 4,5-15 (samaritana).

 

A Igreja como comunidade e os compromissos com ela

Enquanto andava fazendo o bem e anunciando a todos a Boa Notícia do Reino, Jesus acabou por reunir, em torno de si, um grupo de seguidores , dispostos a viver o seu Evangelho e a continuar sua missão . A este grupo, chamamos : “Igreja” .

Nesta etapa de nossa caminhada vamos procurar conhecer um pouco mais sobre a Igreja de Jesus Cristo, nossa Igreja. Vamos fazer com fé e com amor: aceitar, amar e viver sua Igreja !

1. A Igreja vem de Jesus Cristo

2. Foi no Dia de Pentecostes que nasceu a Igreja

3. Leitura e meditação:ATOS DOS APÓSTOLOS, do Cap.1 ao 5

1. A Igreja vem de Jesus Cristo

Andando na beira da praia, com os pescadores, ou passando pelas ruas das pequenas aldeias da Galiléia, Jesus foi escolhendo e chamando seus discípulos, um por um, pelo nome : “João, André, Pedro, Tiago, Mateus... Vem e segue- me!“, disse Ele.

A este primeiro núcleo de 12 seguidores, a quem Jesus chamou de apóstolos, isto é, “enviados“ (Lc 6,12-16), foram ajuntando-se outros discípulos, homens e mulheres, crianças, jovens e adultos (Lc 10,1). Eram todos gente do povo, humildes, que vibravam com a mensagem de Jesus e que nele depositavam toda a sua esperança: gente em busca de algo mais. Com este grupo de discípulos, a quem chamava “meus irmãos“, Jesus fez vida em comum, durante três anos. Partilhavam o mesmo pão, andavam juntos, de aldeia em aldeia, fazendo o bem a todos e levando a todos a Boa Notícia do Reino de Deus.

Durante três anos de convivência, os discípulos aprenderam a conhecer a fundo a pessoa de Jesus, a amá-lo e a viver do jeito como ele vivia e amava. Com Jesus aprenderam a viver como verdadeiros filhos do Pai do Céu, a orar e buscar sempre a sua vontade. Com Jesus, aprenderam que amar é servir e que, para viver em comunidade com irmãos, ninguém deve querer ser mais do que ninguém. Com Jesus, aprenderam a enxergar e a preocupar-se com os problemas e sofrimentos do povo, dos pobres, dos pequenos.

Jesus confiava em seus amigos e valorizava cada um. Desde o começo deu-lhes responsabilidades e pequenas missões: mandava-os aos bairros e nas casas para falar ao povo e anunciar sua chegada e seu Evangelho, para curar doentes, expulsar qualquer tipo de mal e para distribuir pão aos famintos. Enfim, foram três anos de aprendizagem de vida cristã, de vida comunitária, de trabalho pelos outros: três anos na escola de Jesus !

No final de três anos de convivência, quando o Ressuscitado tirou sua presença visível (ascensão), deixando aos discípulos a tarefa de continuar sua missão, já estavam bem claros os princípios, os objetivos e as esperanças que deveriam orientar, para sempre, a Igreja de Jesus.

1.1. Há uma profunda relação de união-amor- identificação entre Jesus e sua Igreja

• “Eu estarei com vocês todos os dias, até o final do mundo ! “ (Mt 28,20)

• “Não os deixarei órfãos. Vocês estão em mim e eu em vocês ! (Jo 14,18)

• “Quando dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali no meio deles! “(Mt 18,20).

• “Eu sou o tronco e vocês os ramos : permanecei unidos a mim “. (Jo 15,1-6) 

• “Simão, você me ama? Então cuide de minhas ovelhas ! (Jo 21,17)

• “Os que ouvem vocês, é a mim que ouvem; quem rejeita vocês, é a mim que rejeita! (Lc 10,16). 1.2. É indispensável que os discípulos permaneçam unidos entre si

• “Pai, que todos sejam um, a fim de que o mundo reconheça que tu me enviaste e que o amaste, como amaste a mim”. (Jo 17,23): foi a prece e o testemunho de Jesus durante a última Ceia.

1.3. A Igreja tem a missão de anunciar Cristo e de continuar sua obra no mundo todo

• “Como o Pai me enviou, assim eu envio vocês “. (Jo 20,21).

• “Sejam minhas testemunhas, até os extremos da terra ! “ (At 1,8). 1.4. O Espírito Santo vai levar à frente a obra começada por Jesus e será a luz e força para a caminhada da Igreja

• “Mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, vos enviará tudo e vos ensinará tudo o que eu vos disse ! (Jo 14,26).

topo 2. Foi no Dia de Pentecostes que nasceu a Igreja

Jesus fundou a Igreja, mas era como pequena semente que o agricultor lança na terra. A semente da Igreja brotou e começou a crescer no dia de Pentecostes, pelo Dom do Espírito Santo, que Jesus tinha prometido. Já conhecemos o que aconteceu naquele dia: a experiência incrível da ação do Espírito, como fogo e vento impetuoso, a transformação dos discípulos, gente simples e medrosa em ardorosos missionários de Jesus Cristo... aquela multidão de pessoas de diferentes línguas e raças, que começam a entender e a falar a mesma linguagem (linguagem do Evangelho e o do Amor) e que são batizadas para formar um só povo, o povo de Deus.

Foi neste dia de Pentecostes que a Igreja nasceu e começou sua caminhada, tornando visível sua missão de ser o sinal e o instrumento da comunhão e da fraternidade universal (Reino). Naquele começo da Igreja houve uma presença muito especial e que continuaria marcando toda a longa história da verdadeira Igreja de Jesus: lá estava Maria, reunindo os discípulos de seu Filho, com seu coração de mãe e, junto com eles, implorando o Dom do Espírito Santo.

Assim como Maria faz parte indispensável da vida de Cristo, faz parte também da Igreja, desde o dia de seu nascimento, como mãe e modelo. Não se pode falar de Igreja, se Maria não está presente! Logo após Pentecostes, a Igreja, cheia do Espírito Santo do Senhor, começou sua caminhada ; vivendo como Jesus tinha ensinando, organizando- se e levando à frente a missão que Jesus lhe tinha confiado. Vejam o que diz o livro Atos dos Apóstolos (Capítulo 2 e 4) sobre a vida desta primeira Igreja

· Os seguidores de Jesus preservaram-se fiéis aos ensinamentos dos apóstolos; · Viviam bem unidos, eram um só coração e tinham em comum todas as coisas; · Rezavam juntos no templo e reuniam- se também nas casas, para celebrar a Ceia (fração do Pão); · Partilhavam seus bens com os necessitados e curavam os doentes; · Davam um bonito testemunho de vida e, assim, atraíram à fé muitas outras pessoas.

 A Igreja de Jesus Cristo é isso ! Hoje, depois de mais de vinte séculos, espalhada no mundo todo, há milhões de pessoas que dizem “sim“ ao chamado de Jesus Cristo e, cheias de seu Espírito, procuram viver como os primeiros Cristãos: são a Igreja de Jesus Cristo, a mesma Igreja dos Apóstolos! E Jesus continua com eles! Nós somos, hoje, a Igreja fundada por Jesus e nascida no dia de Pentecostes, no fogo do Espírito Santo! E Jesus conta conosco !

topo 3. Para leitura e meditação: ATOS DOS APÓSTOLOS, do Cap. 1 ao Cap. 5

Importante: Ler com bastante calma, procurando ver o conjunto de textos. Trata-se de uma espécie de “carteira de identidade da Igreja” , por isso é muito importante perceber quais são as características que Lucas, autor dos Atos dos Apóstolos, indica e que não podemos perder.

Afinal de contas, é com essas características que queremos nos comprometer ;

 

 

Primeiramente, cabe contar uma pequena história que nos ajudará a entender a posterior explicação.

Conta-se que Santo Agostinho andava em uma praia meditando sobre o mistério da Santíssima Trindade: um Deus em três pessoas distintas...

Enquanto caminhava, observou um menino que portava uma pequena tigela com água. A criança ia até o mar, trazia a água e derramava dentro de um pequeno buraco que havia feito. Após ver repetidas vezes o menino fazer a mesma coisa, resolveu interrogá-lo sobre o que pretendia.

O menino, olhando-o, respondeu com simplicidade:

-"estou querendo colocar a água do mar neste buraco".

Santo Agostinho sorriu e respondeu-lhe:

-"mas você não percebe que é impossível?".

Então, novamente olhando para Santo Agostinho, o menino respondeu-lhe:

"ora, é mais fácil a água do mar caber nesse pequeno buraco do que o mistério da Santíssima Trindade ser entendido por um homem!".

E continuou: "Quem fita o sol, deslumbra-se e quem persistisse em fitá-lo, cegaria.

Assim sucede com os mistérios da religião: quem pretende compreendê-los deslumbra-se e quem se obstinasse em os perscrutar perderia totalmente a fé" (Sto. Agost).

 

Só poderíamos compreender perfeitamente a Santíssima Trindade se nós fossemos 'deus'. Podemos, contudo, por meio da razão iluminada pela fé, chegar a um conhecimento muito útil dos mistérios, considerando certas analogias da natureza. Citemos algumas: o raio branco de luz, sendo apenas um, pode ser decomposto em vermelho, amarelo e azul; a ametista brilha de três cores diferentes, segundo o lado em que se observa: é purpúrea, violeta e rósea, sem ser mais do que uma pedra. O fogo queima, ilumina e aquece, sendo apenas fogo, etc.

 

Bem, a Santíssima Trindade é superior à capacidade humana de entendimento, mas não contraria a razão. Dizer que existe "um Deus em três pessoas" é superior à capacidade de compreensão humana, mas não é o mesmo que dizer que é "um Deus em três deuses", que seria contrariar a razão humana.

 

Ou seja, o mistério é conhecido, mas não é compreendido em sua totalidade. Sabendo disso, a Igreja aconselha muita cautela na busca de conhecer certos mistérios superiores à nossa compreensão, conforme ensina o Catecismo Romano, transcrevendo a Bíblia: "Quem quer sondar a majestade, será oprimido pelo peso de sua glória" (Prov. 25, 27).

 

O Conhecimento através da Revelação

Portanto, a Santíssima Trindade só é conhecida através da Revelação, através das palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, que era Deus e Homem verdadeiro. Disse Nosso Senhor: "Ensinai todas as gentes, e batizai-as em nome do Padre, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28, 19). Na sua última prece, o Salvador pede que seus discípulos sejam um como seu Pai e Ele não são mais que um (S. Jo., 17, 21).

Também afirma: "Meu Pai e eu somos um" (Jo., 10, 30), deixando clara a unidade de natureza entre o Pai e o Filho. Em diversas passagens, os apóstolos reconhecem Nosso Senhor como "Filho de Deus", que prometeu enviar o "Espírito Santo" sobre eles, que ressuscitou dos mortos ao terceiro dia pelo seu próprio poder, etc.

Na promessa de enviar o Espírito Santo, Nosso Senhor, antes de se elevar ao Céu, anunciou aos Apóstolos que o Pai lhes enviará o Espírito Santo, que os ensinaria e os fortaleceria na fé: "Rogarei a meu Pai e Ele vos mandará outro consolador" (Jo 14, 16, 26), "o espírito da verdade" que "vos ensinará tudo" (Jo, 14, 26).

Ora, como não há ninguém senão Deus (a verdade), capaz de ensinar tudo, resulta dessas palavras que tal consolador é Deus, como o Pai e o o Filho que hão de mandá-lo. S. Pedro repreende Ananias que procurou iludir o Espírito Santo, e acusa-o de ter assim mentido a "Deus", não aos homens (Act. 4, 5, 11) Na mesma passagem sobre o Espírito Santo, fica claro que as pessoas são distintas: O Pai que envia, o Filho que roga ao Pai, o Espírito Santo que será enviado. Em II Cor, 13, 13 está escrito: "Estejam com todos vós a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo"!.

No "batismo" de Nosso Senhor, ao sair da água, os céus se abriram e o "Espírito, como uma pomba", desceu sobre Nosso Senhor e uma voz "veio dos Céus: "Tu és o meu filho amado, em ti me comprazo".

Em São Mateus, lemos: "Só o Pai conhece o Filho e o Filho conhece o Pai"(Mt 11, 27; Lc. 10, 22). Em S. João, está que o Espírito Santo "procede do Pai", que é "enviado pelo Filho" (Jo 15, 26; 16, 7). Respondendo a Felipe, que lhe havia pedido para ver o Pai: "Filipe, quem me viu, viu também o Pai.

Como é que dizes: Mostra-nos o Pai?

Então não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim" (Jo, 14, 9 e 10). O mesmo que Jesus Cristo explica da sua união com o Pai, afirma-o igualmente do Espírito Santo. "Quando tiver vindo o Consolador que eu vos mandarei de junto de meu Pai, o Espírito de verdade que procede do Pai, Ele dará testemunho de mim" (Jo, 15, 26). Ora, o que procede de Deus tem, forçosamente, natureza idêntica à de Deus.

Dessa forma, fica clara a distinção de três pessoas em um só Deus, ou seja, três pessoas de mesma natureza, poder e glória. Já no Antigo Testamento a Trindade estava implícita.

Citemos algumas passagens:

Os sacerdotes judeus deviam, ao abençoar o povo, invocar três vezes o nome de Deus (Num. 6, 23). Isaías diz-nos (6, 3) que os Serafins cantam nos céus: Santo, santo, santo é o Deus dos exércitos. Notemos sobretudo o estranho plural empregado por Deus na criação do homem: "façamos o homem à nossa imagem e semelhança"(Gen. 1, 26).

No momento da confusão de Babel: "Vinde, diz o Senhor, confundamos a sua linguagem" (Gen. 11, 7). Por que esse plural? Já, depois da culpa de Adão, o mesmo livro sagrado representa Deus dizendo ironicamente: "Portanto eis Adão que se tornou com um de nós, vamos agora impedir-lhe que levante a mão à árvore da vida"(Gen. 3, 22). E David escrevia no Salmo CIX: "Disse o Senhor ao meu Senhor: assenta-te à minha direita". Encontram-se, no Antigo Testamento, duas expressões para designar a divindade: uma é "Jehováh", outra é "Eloim".

Pelo parecer de todos os hebraizantes, a primeira se aplica ao mesmo ser de Deus, à sua suprema essência: está sempre no singular. A segunda exprime a idéia da presença de Deus e do seu poder: vem sempre no plural e significa "os deuses"; mas, o que não deixa de surpreender é que esta palavra sempre no plural, rege sempre no singular o verbo que a segue.

Assim o primeiro versículo da Bíblia traduzir-se-ia literalmente: "No princípio, "os deuses" fez o céu e a terra". Os sábios não duvidam em ver, nesta palavra "Eloim" e no modo de se usar dela, uma expressão que deixa entender a existência de várias pessoas em Deus.

 

Na Tradição da Igreja encontramos várias provas da Santíssima Trindade.

 

a) Testemunho dos Mártires. Era para confessar a sua fé na divindade das três pessoas e particularmente em Nosso Senhor, que numerosos mártires sofriam os suplícios mais cruéis. Assim, para citarmos um exemplo apenas, S. Policarpo (166), discípulo de S. João, exclamava em frente da fogueira acesa: "Eu vos glorifico em todas as coisas, a vós, ó meu Deus, com vosso eterno e divino Filho, Jesus Cristo, a quem, com o Espírito Santo, seja honra, agora e para sempre".

 

b) Testemunho dos Padres da Igreja. Nos escritos de certos Padres, encontram-se testemunhos valiosíssimos desta nossa crença. Santo Inácio de Antioquia fala do Pai, do Filho e do Espírito Santo como sendo três pessoas às quais devemos respeito igual. Santo Irineu diz que "a Igreja, espalhada pelos Apóstolos até os confins do universo, crê em Deus Pai todo-poderoso, em Jesus Cristo, seu Filho, encarnado por nossa salvação e no Espírito Santo que falou pelos profetas". Claríssimas são, também, na sua conclusão, as palavras de Tertuliano: "O Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito-Santo é Deus e Deus é cada um deles".

 

c) Prática da Igreja. De acordo com sua crença, a Igreja sempre administrou o batismo em nome das três pessoas. Ocupa o primeiro lugar na liturgia, o mistério da Santíssima Trindade. Dela fazem menção todas as bênçãos, todas as orações, todas as cerimônias, quer por meio do sinal da cruz, quer pela dexologia: "Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo". Ademais, sem a divindade de Nosso Senhor, não haveria a redenção, que consiste na crucifixão e morte de Nosso Senhor sobre a Cruz. Se Cristo não fosse Deus, o "pecado original" e os nossos "pecados atuais" não poderiam ter sido remidos, visto terem um valor infinito (pois foram praticados contra Deus, que é infinito) e precisarem de um ser infinito para os expiar.

 

Uma pequena explicação filosófica

 

Para dar uma explicação mais simples, sendo Deus onipotente e sendo o existir próprio à eternidade de Deus e à sua natureza: "Eu sou aquele que é", a imagem que Deus tem de si mesmo é o seu Filho, o verbo de Deus. A este pensamento vivo em que Deus se expressa perfeitamente a si mesmo chamamos Deus Filho. Deus Pai é Deus conhecendo-se a si mesmo; Deus filho é a expressão do conhecimento que Deus tem de si.

Assim, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade é chamada Filho, precisamente porque é gerada desde toda a eternidade, engendrada na mente divina do Pai. Também a chamamos Verbo de Deus, porque é a "palavra mental" em que a mente divina expressa o pensamento sobre Si mesmo. Depois, Deus Pai (Deus conhecendo-se a Si mesmo) e Deus Filho (o conhecimento de Deus sobre Si mesmo) contemplam a natureza que ambos possuem em comum.

Ao verem-se (falamos, naturalmente, em termos humanos), contemplam nessa natureza tudo o que é belo e bom - quer dizer, tudo o que produz amor - em grau infinito. E assim, a vontade divina origina um ato de amor infinito para com a bondade e a beleza divinas. Uma vez que o amor de Deus por Si mesmo, tal como o conhecimento de Deus sobre Si mesmo, é da própria natureza divina, tem que ser um amor vivo. Este amor, infinitamente intenso, que eternamente flui do Pai e do Filho, é o que chamamos Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho.

É a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Para deixar mais claro o assunto, ainda é necessário fazer uma distinção entre a pessoa (personalidade), e a natureza (que em Deus se confunde com a e essência e a substância).

O Mistério da Santíssima Trindade consiste propriamente no fato de uma essência ou natureza única que subsiste em três pessoas. Pessoa é a substância completa dotada de razão individual e autônoma. Na verdade, possuem todos os homens a mesma natureza: todos têm corpo e alma racional. Entretanto, esta natureza comum existe em cada um deles de modo diferente.

Ora, o que distingue um homem de outro homem, o que cada um tem de especial, é que constitui sua autonomia, seu "eu" e chama-se "personalidade", a "pessoa". Desta forma, Deus Filho tinha a mesma natureza de Deus Pai, mas não era a mesma Pessoa.

 

Uma explicação mais acessível

 

Suponha que você se olha em um espelho de corpo inteiro. Você vê uma imagem perfeita de si mesmo, com uma exceção: não é senão um reflexo no espelho. Mas se a imagem saísse dele e se pusesse ao seu lado, viva e palpitante como você, então sim, seria a sua imagem perfeita. Porém, não haveria dois 'vocês', mas um só 'você', uma natureza humana.

Haveria duas 'pessoas', mas só uma mente e uma vontade, compartilhando o mesmo conhecimento e os mesmos pensamentos. Depois, já que o amor de si (o amor de si bom) é natural em todo ser inteligente, haveria uma corrente de amor ardente e mútuo entre você e a sua imagem.

Agora, dê asas à sua fantasia e pense na existência desse amor como uma parte tão de você mesmo, tão profundamente enraizado na sua própria natureza, que chegasse a ser uma reprodução viva e palpitante de você mesmo.

Este amor seria uma 'terceira pessoa' (mas, mesmo assim, nada mais que um 'você', lembre-se; uma só natureza humana), uma terceira pessoa que estaria entre você e a sua imagem, e os três, de mãos dadas: três pessoas numa só natureza humana. Esse exemplo, muito imperfeito, pode nos ajudar um pouco a entender a relação entre as três Pessoas da Santíssima Trindade:

Deus Pai "olhando-se" a Si mesmo em sua mente divina (criadora) e mostrando ali a Imagem de Si, tão infinitamente perfeita que é uma imagem viva: Deus Filho; e Deus Pai e Deus Filho amando como amor vivo a natureza divina que ambos possuem em comum: Deus Espírito Santo. Três pessoas divinas, uma natureza divina.

É claro, é só um exemplo, muito imperfeito, mas que nos ajuda a compreender o grande mistério que é a Santíssima Trindade, base de nossa Fé, fundamento de nossa Redenção, sustentáculo de nossas vidas e no qual, todos os dias, através do sinal da Cruz, nós afirmamos a nossa fé:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

 

Extraído, com adaptações, de vários livros.

Como saber se estou desobedecendo a Deus?              

 

Deus nos deixou algumas regras entregues à Moisés, sinais para seguirmos. As regras, as leis existem para facilitar a nossa vida. Quais são essas leis?            

 

 

OS DEZ MANDAMENTOS                                 

 

São as leis que Deus nos deixou para sabermos se estamos seguindo a Sua vontade e desta forma O estamos obedecendo.

OS DEZ MANDAMENTOS são normas para conduta humana. São prescrições morais resumidos em dez itens. Os mandamentos são força libertadora, ao invés de ser coisa que aprisiona. Na medida em que você tem um indicador para seguir, você evita cometer erros que o afastam do plano de Deus. O que Deus manda, torna-o possível pela Sua graça.

OS DEZ MANDAMENTOS descrevem as exigências do amor de Deus e do próximo: Os três primeiros se referem aos deveres do homem para com Deus, e pode ser resumido em "Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo o entendimento" (Mt 22,37). Os outros sete mandamentos se referem ao amor ao próximo.

E foi resumido assim: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12,31). Entendendo os Dez Mandamentos Os Dez Mandamentos não visam somente o melhoramento do comportamento individual, mas querem atingir a situação do povo, para ser um povo livre e fraterno. Os Dez Mandamentos são a Constituição do Povo de Deus, em vista de uma sociedade justa e igualitária.

Cada mandamento quer combater uma das causas que fazia o povo sofrer na opressão do Egito, e quer mostrar o que o povo deve fazer para manter-se verdadeiramente livre. Para entender todo o sentido dos Dez Mandamentos é fundamental ver como Jesus observou e explicou a Lei.

Jesus não veio tirar ou modificar os mandamentos, mas dar-lhe sentido pleno. Prometeu também: " Quem praticar os mandamentos e os ensinar, será considerado grande no Reino do Céu" (Mt 5, 17-20).

Vamos falar de cada um dos DEZ MANDAMENTOS ensinados pela Igreja Católica Apostólica Romana. Existem divergências entre as diversas religiões, pois algumas delas não aceitam Cristo como O SALVADOR e ainda se mantém esperando pelo Messias que ainda virá, outras porém se baseiam nos textos e palavras exatamente como estão nas Escrituras, sem qualquer interpretação ou atualização e não entendendo os ajustes que o próprio Jesus Cristo efetuou, mas nós católicos devemos seguir e catequizar a todos ensinando as leis gravadas por Deus nas tábuas de pedra que entregou a Moisés no Monte Sinai.

Estas são as leis de Deus que devem ser seguidas e ensinadas pelos Cristãos Católicos.                                          

 

Eis os mandamentos de Deus:                             

 

1°) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS (Ex 20,2-5)

 

"Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forcas" (Dt 6,5). O primeiro mandamento convida o homem a crer em Deus, a esperar nele e a amá-lo acima de tudo. "Adorarás o Senhor teu Deus" (MT 4,10).

Adorar a Deus, orar-lhe, oferecer-lhe o culto que lhe é devido, cumprir as promessas e os votos que foram feitos a ele são os atos da virtude de religião que relevam da obediência ao primeiro mandamento.

O dever de prestar um culto autêntico a Deus incumbe ao homem, tanto individualmente como em sociedade. O homem deve poder professar livremente a religião, tanto em particular como em público. A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia.

A ação de tentar a Deus, em palavras ou em atos, o sacrilégio, a simonia são pecados de irreligião proibidos pelo primeiro mandamento. Enquanto rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra o primeiro mandamento. Este mandamento se encontra na Bíblia assim:

"Não terás outros deuses além de mim! Não farás para ti imagem, com semelhança alguma... não te inclinarás diante desses deuses e não os servirás..." (Ex 20,3-6). No Egito, na "casa da escravidão", a religião dos deuses era usada para reforçar o sistema e o poder do faraó.

Ele fazia grandes estátuas e templos para impressionar o povo e mandava que o povo dobrasse os joelhos diante dele próprio, como se fosse um deus. Este mandamento, portanto, quer combater essa situação, convidando o homem a crer em Deus, a esperar Nele e a amá-lo acima de tudo.

O culto às imagens sagradas está fundamentado no mistério da encarnação do Verbo de Deus. Além disso, o uso de imagens de santos se iguala ao uso dado às fotografias de nossos entes queridos. Não contraria o primeiro mandamento.                   

 

2°) NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO (Ex 20,7)

 

"Senhor nosso Deus. quão poderoso é teu nome em toda a terra"( Sl 8.11). O segundo mandamento prescreve respeitar o nome do Senhor. O nome do Senhor é santo. O segundo mandamento proíbe todo uso impróprio do Nome de Deus. A blasfêmia consiste em usar o Nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e dos santos de maneira injuriosa.

O juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira. 0 perjúrio é uma falta grave contra o Senhor, sempre fiel a suas promessas. "Não jurar nem pelo Criador, nem pela criatura, se não for com verdade, necessidade e reverência". No Batismo o cristão recebe seu nome na Igreja.

Os pais, os padrinhos e o pároco cuidarão que lhe seja dado um nome cristão. O patrocínio de um santo oferece um modelo de caridade e garante a sua oração. O cristão começa suas orações e suas ações pelo sina-da-cruz "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém" Deus chama cada um por seu nome. Este mandamento prescreve respeitar o nome do Senhor.

O nome do Senhor é SANTO. Com isto, é proibido o uso impróprio do Nome de Deus. A blasfêmia consiste em usar o Nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e dos santos de maneira injuriosa. O juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira. O perjúrio é uma falta grave contra o Senhor, sempre fiel a suas promessas.                                                   

3°) GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA (Ex 20,8-11)

 

"Guardarás o dia de sábado para santificá-lo"( Dt 5,12). "No sétimo dia se fará repouso absoluto cm honra do Senhor" (Ex 31,15). O sábado, que representava o término da primeira criação, é substituído pelo domingo, que lembra a criação nova, inaugurada com a Ressurreição de Cristo.

A Igreja celebra o dia da Ressurreição de Cristo no oitavo dia, que é corretamente chamado dia do Senhor, ou domingo. No domingo e em outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa, evitando as atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do Senhor e o devido descanso da mente e do corpo.

A instituição do domingo contribui para que todos tenham tempo de repouso e de lazer suficiente para lhes permitir cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa. Todo cristão deve evitar de impor sem necessidade aos outros aquilo que os impediria de guardar o dia do Senhor. "O domingo... deve ser guardado em toda a igreja como o dia de festa por excelência ". No domingo e em outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa e das celebrações litúrgicas.                              

4°) HONRAR PAI E MÃE (Ex 20,12)

 

"Honra teu pai e tua mãe"(Dt 5.I6; Mc 7,8). "Filhos, obedecei a vossos pais, no Senhor, porque isso é justo. Este é o primeiro mandamento acompanhado de uma promessa: Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra" (Ef 6,1-3). De acordo com o quarto mandamento, Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e os que ele, para nosso bem, investiu de autoridade.

A comunidade conjugal está fundada na aliança e no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos cônjuges, a procriação e a educação dos filhos. Os filhos devem a seus pais respeito, gratidão, justa obediência e ajuda.

O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar. Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos na fé, na oração e em todas as virtudes. Têm o dever de prover em toda a medida do possível as necessidades físicas e espirituais de seus filhos.

Os pais devem respeitar e favorecer a vocação de seus filhos, ensinando que a primeira vocação do cristão consiste em seguir a Jesus. "A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar." Lembrem-se e ensinem que a primeira vocação do cristão consiste em seguir a Jesus.

A autoridade pública deve respeitar os direitos fundamentais da pessoa humana e as condições de exercício de sua liberdade. É dever dos cidadãos trabalhar com os poderes civis para a edificação da sociedade num espírito de verdade, de justiça, de solidariedade e de liberdade.

O cidadão está obrigado em consciência a não seguir as prescrições das autoridades civis quando contrárias as exigências da ordem moral. "E preciso obedecer antes a Deus do que aos homens "(At 5,29) Toda a sociedade baseia os seus juízos e a sua conduta numa visão do homem e do seu destino. Sem as luzes do Evangelho a respeito de Deus e do homem, as sociedades facilmente se tornam totalitárias.                                                 

5°) NÃO MATAR (Ex 20,13)

 

"Deus tem em seu poder a alma de todo ser vivo e o espírito de todo homem carnal" ( Jó 12,10). Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi criada por si mesma à imagem e á semelhança do Deus vivo e santo.

A vida humana é sagrada porque desde a sua origem ela encerra a ação criadora de Deus, e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim; ninguém em nenhuma circunstância pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente.

O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador. A proibição de matar não ab-roga o direito de tirar a um opressor injusto a possibilidade de prejudicar. A legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum. Desde a concepção a criança tem o direito á vida.

O aborto direto, isto é, o que se quer como um fim ou como um meio, é uma "prática infame" gravemente contrária à lei moral. A Igreja sanciona com pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana. Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, o embrião deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano.

A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador. O suicídio é gravemente contrário à justiça, à esperança e à caridade. E proibido pelo quinto mandamento.

O escândalo constitui uma falta grave quando por ação ou por omissão leva deliberadamente o outro a pecar. Por causa dos males e injustiças que toda guerra acarreta, devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível para evitá-la. A igreja ora: "Da fome, da peste e da guerra livrai-nos, Senhor".

A Igreja e a razão humana declaram a validade permanente da lei moral durante os conflitos armados. As práticas deliberadamente contrárias ao direito dos povos e a seus princípios universais constituem crimes. "A corrida armamentista é a praga mais grave da humanidade, que lesa intoleravelmente os pobres". "Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5,9).                                                    

6°) NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE (Ex 20,14)

 

"O amor é a vocação fundamental e originária do ser humano". Ao criar o ser humano homem e mulher, Deus dá a dignidade pessoal de uma maneira igual a um e outro. Cada um, homem e mulher, deve chegar a reconhecer e aceitar sua identidade sexual. Cristo é o modelo da castidade. Todo batizado é chamado a levar uma vida casta, cada um segundo seu estado de vida próprio.

A castidade significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal. Entre os pecados gravemente contrários a castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.

A aliança que os esposos contraíram livremente implica um amor fiel. Impõe-lhes a obrigação de guardar seu casamento indissolúvel. A fecundidade é um bem, um dom, um fim do casamento. Dando a vida, os esposos participam da paternidade de Deus. A regulação da natalidade representa um dos aspectos da paternidade e da maternidade responsáveis.

A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por exemplo: a esterilização direta ou a contracepção). O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do casamento.

 

7°) NÃO ROUBAR (Ex 20,15)

 

"Não roubarás"(Dt 5,19). "Nem os ladrões, nem os avarentos... nem os injuriosos herdarão o Reino de Deus"(1Cor 6,10). O sétimo mandamento prescreve a prática da justiça e da caridade da administração dos bens terrenos e dos frutos do trabalho dos homens. Os bens da criação são destinados a todo o gênero humano. O direito à propriedade privada não abole a destinação universal dos bens.

O sétimo mandamento proíbe o roubo. O roubo é a usurpação de um bem de outrem contra a vontade razoável do proprietário. Toda a forma de apropriação e uso injusto dos bens de outrem é contrária ao sétimo mandamento. A injustiça cometida exige reparação.

A justiça comutativa exige a restituição do bem roubado. A lei moral proíbe os atos que, visando a fins mercantis ou totalitários, conduzem à servidão dos seres humanos, à sua compra, venda e troca como mercadorias. O domínio concedido pelo Criador sobre os recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser separado do respeito às obrigações moraislusive para com as gerações futuras.

Os animais são confiados à administração do homem que lhes deve benevolência. Podem servir para justa satisfação das necessidades do homem. A Igreja emite um juízo em matéria econômica e social, quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigem. Preocupa-se com o bem comum temporal dos homens em razão de sua ordenação ao Sumo Bem, no fim último.

O próprio homem é o autor, o centro e o fim de toda a vida econômica e social. O ponto decisivo da questão social é que os bens criados por Deus para todos de fato cheguem a todos, conforme a justiça e com a ajuda da caridade. O valor primordial do trabalho despende do próprio homem, que é seu autor e destinatário. Através de seu trabalho, o homem participa da obra da criação. Unido a Cristo, o trabalho pode ser redentor.

O verdadeiro desenvolvimento abrange o homem inteiro. O que importa é fazer crescer a capacidade de cada pessoa de responder à sua vocação, portanto ao chamamento de Deus. A esmola dada aos pobres é um testemunho de caridade fraterna e é também uma prática de justiça que agrada a Deus.

Na multidão de seres humanos sem pão, sem teto, sem terra, como não reconhecer Lázaro, mendigo faminto da parábola? Como não ouvir Jesus que diz: "Foi a mim que o deixastes de fazer" (Mt 25,45)                        

8°) NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO (Ex 20,16)

 

"Não levantarás falso testemunho contra teu próximo"( Ex 20,16). Os discípulos de Cristo "revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade" (Ef 4, 24). A verdade ou veracidade é a virtude que consiste em mostra-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da duplicidade, da simulação e da hipocrisia.

O cristão não deve "se envergonhar de dar testemunho de Nosso Senhor" (2Tm 1,8) em atos e palavras. O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé. Este mandamento proíbe falsear a verdade nas relações com os outros. Essa proibição moral decorre da vocação do povo santo a ser testemunha de seu Deus, que é e quer a verdade.

O respeito à reputação e à honra das pessoas proíbe toda atitude ou palavra de maledicência ou calúnia. A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar o próximo, que tem direito à verdade. Toda falta cometida contra a verdade exige reparação. A regra de ouro ajuda a discernir, nas situações concretas, se convém ou não revelar a verdade àquele que a pede.

"O sigilo sacramental é inviolável". Os segredos profissionais devem ser guardados. As confidências prejudiciais a outros não devem ser divulgadas. A sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça. E conveniente que se imponham moderação e disciplina no uso dos meios de comunicação social.

As artes, mas sobretudo a arte sacra, têm em vista, "por natureza, exprimir de alguma forma nas obras humanas a beleza infinita de Deus e procuram aumentar seu louvor e sua glória na medida em que não tiverem outro propósito senão o de contribuir poderosamente para encaminhar os corações humanos de Deus".                                                        

 

9°) NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO (Ex 20,17)

 

"Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração" ( Mt 5,28). O nono mandamento adverte contra a cobiça ou concupiscência carnal. A luta contra a cobiça carnal passa pela purificação do coração e a prática da temperança. A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus.

A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar. A pureza do coração exige o pudor que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.  

 

10°) NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS (Ex 20,17)

 

"Onde está teu tesouro, aí estará teu coração"( Mt 6,21). O décimo mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder. A inveja é a tristeza sentida diante do bem de outrem e o desejo imoderado de dele se apropriar é um vício capital. O batizado combate a inveja pela benevolência, a humildade e abandono nas mãos da Providencia divina.

Os fiéis de Cristo "crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências" (Gl 5,24); são conduzidos pelo Espírito e seguem seus desejos. O desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. "Bem-aventurados os pobres de coração ". Eis o verdadeiro desejo do homem: "Quero ver a Deus". A sede de Deus é saciada pela água da Vida Eterna.

 

 

ESTUDE E PRATIQUE

 

OS DEZ MANDAMENTOS!

 

O conhecimento humano começa pelos sentidos e, para chegar a conhecer as coisas que os ultrapassam, temos de utilizar imagens, símbolos ou comparações, que desvelam um pouco o desconhecido. Deus procedeu conosco do mesmo modo, instituindo os sinais sensíveis que chamamos de sacramentos, para expressar as realidades sobrenaturais da graça.

 Mas a onipotência divina faz mais do que nós podemos fazer. Deus concedeu a estes sinais sensíveis SIGNIFICAR e PRODUZIR a graça.

 Para entender melhor o efeito dos sacramentos podemos compara-los com a vida natural, vendo que na ordem da graça:

 * nascemos para a vida sobrenatural pelo Batismo,

 * nos fortalecemos pela Confirmação,

 * mantemos a vida com o alimento da Eucaristia,

 * se perdemos a vida da graça pelo pecado, a recuperamos pela Penitência,

 * e com a Unção dos Enfermos nos preparamos para a viagem que acabará no céu. Para socorrer as necessidades da Igreja como sociedade, temos o sacramento da:

* Ordem sacerdotal, que institui os ministros da Igreja,

 * Matrimônio, que com os filhos perpetua a sociedade humana e faz crescer a Igreja quando estes são regenerados pelo batismo.

 

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. O que são os sacramentos

Os sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Jesus Cristo e confiados à Igreja, através dos quais nos é dispensada a vida divina. Sinal sensível é uma coisa conhecida que manifesta outra menos conhecida; se vejo fumaça, descubro que existe fogo. Mas dizemos também sinal eficaz porque o sacramento não só significa, mas que produz a graça (a fumaça só significa fogo, mas não o produz).

 2. O porque da instituição dos sacramentos

Podemos nos perguntar por que Cristo quis fazer assim as coisas. Ele pode comunicar a graça diretamente, sem recorrer a nenhum meio sensível, ainda que tenha querido acomodar-se a nossa maneira de ser, dando-nos os dons divinos por meio de realidades materiais que usamos, para que fosse mais fácil para nós consegui-los.

 No batismo, por exemplo, assim como a água purifica naturalmente, o sacramento purifica: o sacramento lava e limpa sobrenaturalmente a alma, tirando o pecado original e qualquer outro pecado que possa existir, mediante a infusão da graça. Esta foi a pedagogia de Cristo durante sua vida pública, servindo-se de coisas naturais, de ações externas e de palavras. Tocou com sua mão o leproso e lhe disse; "Quero, fica limpo" (Mateus 8,3); untou com barro os olhos do cego de nascimento e ele recuperou a vista (cf. João 9,6-7); para comunicar aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados, soprou sobre eles e pronunciou umas palavras (cf. João 20,22). Assim como a Santíssima Humanidade de Cristo é o instrumento único à Divindade de que se serve o Verbo para realizar a Redenção da humanidade, assim as coisas ou ações dos sacramentos são os instrumentos separados pelos quais Deus nos santifica, acomodando-se a nossa maneira de ser e de entender.

 3. Jesus Cristo instituiu os sete sacramentos

Todos os sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo -que é o autor da graça e pode comunica-la por meio de sinais sensíveis- e eles são sete:

Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio.

 Nos sete sacramentos estão atendidas todas as necessidades da vida sobrenatural do cristão.

 4. Os sacramentos da Igreja

 Cristo confiou os sacramentos a sua Igreja, e podemos dizer que são "da Igreja" em um duplo sentido:

a Igreja faz ou administra ou celebra os sacramentos, e os sacramentos constroem a Igreja (o batismo gera novos filhos da Igreja, etc..). Existem, pois, por ela e para ela.

5. Os sacramentos da fé

 Os sacramentos estão ordenados à santificação dos homens, à edificação do Corpo de Cristo e, em definitivo, a dar culto a Deus, mas como sinais, tem também uma finalidade instrutiva. Não só supõem a fé, também a fortalecem, a alimentam e a expressam com palavras e ações; por isso são chamados sacramentos da fé.

6. Efeitos dos sacramentos

 Os sacramentos, se são recebidos com as disposições requeridas, produzem como fruto:

* Graça santificante. Os sacramentos dão ou aumentam a graça santificante. O batismo e a penitência dão a graça; os outros cinco aumentam a graça santificante e só se devem recebe-los estando na graça de Deus. Aquele que os recebe em pecado mortal comete pecado de sacrilégio.

* Graça sacramental. Além da graça santificante que concedem os sacramentos, cada um outorga algo especial que chamamos graça sacramental. É um direito de receber de Deus, no momento oportuno, a ajuda necessária para cumprir as obrigações contraídas ao receber aquele sacramento. Assim, o batismo dá a graça especial para viver como bons filhos de Deus; a confirmação concede a força e o valor para confessar e defender a fé até a morte, se for preciso; o matrimonio, para que os cônjuges sejam bons esposos e eduquem de forma cristã os filhos; etc..

* Caráter. O batismo, confirmação e ordem sacerdotal concedem, além disso, o caráter, que é um sinal espiritual e indelével que confere uma peculiar participação no sacerdócio de Cristo. Por isso, estes sacramentos só se recebem uma única vez.

7. De que se compõe um sacramento

Um sacramento se compõe de matéria, forma e o ministro que o realiza com a intenção de fazer o que faz a Igreja.

* A matéria é a realidade ou ação sensível, como a água natural no batismo, os atos do penitente na confissão (contrição, confissão e satisfação).

 * A forma são as palavras que, ao faze-lo, se pronunciam.

* O ministro é a pessoa que faz ou administra o sacramento.

8. Diversidade de sacramentos

 Seguindo a analogia entre vida natural e etapas da vida sobrenatural, podem-se distinguir nos sacramentos, três grupos distintos:

 a) Sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Confirmação e Eucaristia, que põem os fundamentos da vida cristã e comunicam a vida nova em Cristo;

b) Sacramentos de cura: Penitência e Unção dos Enfermos, que curam o pecado e as feridas da nossa debilidade;

c) Sacramentos a serviço da comunidade: Ordem sacerdotal e Matrimônio, estabelecidos para socorrer as necessidades da comunidade cristã e da sociedade humana.

 Os sacramentos formam um organismo no qual cada um deles tem sua função vital. A Eucaristia ocupa um lugar único, enquanto "sacramento dos sacramentos". Podemos dizer com Santo Tomás de Aquino que "todos os outros sacramentos estão ordenados para a Eucaristia como seu fim".

 9. Os sacramentos são necessários para a salvação

 Os sacramentos não só são importantes, mas necessários, se queremos viver a vida cristã e aumenta-la em nós. São como os canais que conduzem a água, e, neste caso, trazem para a nossa alma a graça da redenção de Cristo na cruz.

 E são necessárias também as nossas disposições para receber -ou receber com maior abundância- a água limpa da graça. Dão sempre a graça se são recebidos com as devidas disposições, e se não se recebe mais graça, não é por culpa do sacramento, mas por falta de melhor preparação.

 É preciso aproximar-se, portanto, para receber os sacramentos, com a melhor disposição possível, para podermos receber a graça com abundância.

10. Propósitos de vida cristã

* Agradecer ao Senhor a instituição dos sete sacramentos e demonstrar a estima por eles, preparando-se muito bem para recebe-los.

 * Receber com freqüência os sacramentos da Penitência e da Eucaristia.

 

Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos. Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica[1], a Eucaristia é " o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna." (n. 271) Segundo o papa João Paulo II, em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, a Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho.[1]

Ainda nessa encíclica, é chamada atenção para o fato significativo de que no lugar onde os Evangelhos Sinópticos narram a instituição da Eucaristia, o evangelho de João propõe a narração do lava-pés, gesto que mostra Jesus mestre de comunhão e de serviço[2]; em seguida o papa atenta para o fato de que mais tarde o apóstolo Paulo qualifica como indigna duma comunidade cristã a participação na Ceia do Senhor que se verifique num contexto de discórdia e de indiferença pelos pobres.[3] Comungar ou receber a Comunhão é nome dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada hóstia sozinha, ou acompanhada do vinho consagrado, especialmente nas celebrações de Primeira eucaristia e Crisma. Segundo o Compêndio, "Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal.

Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo." (n. 291). A transubstanciação do pão em Corpo de Cristo, na missa de canonização do Frei Galvão, em 11 de maio de 2007.

A Igreja Católica confessa a presença real de Cristo, em seu corpo, sangue, alma e Divindade após a transubstanciação do pão e do vinho, ou seja, a aparência permanece de pão e vinho, porém a substância se modifica, passa a ser o próprio Corpo e Sangue de Cristo. Eucaristia também pode ser usado como sinônimo de hóstia consagrada, no Catolicismo. "Jesus Eucarístico" é como os católicos se referem a Jesus em sua presença na Eucaristia. "Comunhão" é como o sacramento é mais conhecido. As crianças farão a sua Primeira comunhão. "Comunhão Eucarística" é a participação na Eucaristia. Também há uma adoração especial, chamada "adoração ao Santíssimo Sacramento" e um dia especial para a Eucaristia, o Dia do Corpo de Cristo (em lat. Corpus Christi).

Segundo Santo Afonso Maria de Ligório, a devoção de adorar Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós[4]. Para a Igreja, a presença de Cristo nas hóstias consagradas que se conservam após a Missa perdura enquanto subsistirem as espécies do pão do vinho.[5] Um dos grandes fatores que contribuíram para se crer na presença real de Cristo e adorá-lo, foram os "milagres Eucarísticos" em várias localidades do mundo, entre eles, um dos mais conhecidos foi o de Lanciano (Itália). São João Crisóstomo destaca o efeito unificador da Eucaristia no Corpo de Cristo, que é identificado pelos cristãos como a própria Igreja: Com efeito, o que é o pão? É o corpo de Cristo. E em que se transformam aqueles que o recebem? No corpo de Cristo; não muitos corpos, mas um só corpo.

De fato, tal como o pão é um só apesar de constituído por muitos grãos, e estes, embora não se vejam, todavia estão no pão, de tal modo que a sua diferença desapareceu devido à sua perfeita e recíproca fusão, assim também nós estamos unidos reciprocamente entre nós e, todos juntos, com Cristo.[6] João Paulo II ensinou que à desagregação enraizada na humanidade é contraposta a força geradora de unidade do corpo de Cristo.[7]

Segundo a igreja católica a consagração da Hóstia pode ser feita apenas por presbíteros(ou padres) ou por sacerdotes de maior grau hierárquico (bispos, cardeais, ou papa) os diáconos não ministram este sacramento.

 

 

A Igreja Católica

A Igreja:

Fundada por Jesus Cristo

 

Todo o período da vida de Jesus, Verbo feito carne, foi para a Igreja o tempo da sua fundação. Jesus reuniu ao seu redor seguidores que se entregaram completamente a Ele. Antes de escolher seu grupo íntimo - os Doze - Jesus rezou. Aos Doze revelou o conhecimento pessoal dele próprio, falou da sua futura Paixão e morte, e deu profunda instrução sobre o que acarretava seguir tal caminho. Só os Doze tiveram permissão de celebrar a sua Última Ceia com Ele.

Os Doze eram chamados apóstolos, isto é, emissários, cuja missão era serem os representantes pessoais de Jesus. Deu a esses apóstolos o pleno poder de autoridade que Ele tinha do Pai. A plenitude dessa autoridade vem indicada nas palavras do Evangelho: "Em verdade, Eu vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu" (Mt 18,18). O clímax da formação da Igreja por Jesus foi a Última Ceia. Nesta refeição Ele tomou pão e vinho e disse: "Tomai e comei, isto é meu corpo; tomai e bebei, isto é meu sangue".

Com essas palavras Ele realmente se deu a eles. Recebendo-o desta forma, os Doze entraram numa intimidade tão completa com Ele e com os outros, que jamais havia sucedido algo semelhante. Nessa refeição tornaram-se um só corpo em Jesus. A Igreja primitiva estendeu a profundidade desta comunhão: é o que nos mostra a mais antiga narração da Eucaristia, onde São Paulo diz: "Porque há um pão, nós que somos muitos, formamos um só corpo, porque todos nós participamos de um só pão" (1Cor 10,17). Na Ceia, Jesus também falou do "novo testamento".

Deus estava estabelecendo um novo pacto com a humanidade, uma aliança selada com o sangue sacrificial por uma nova lei: o mandamento do amor. A mais antiga narração Eucarística, contida na primeira Carta aos Coríntios, revela o que a Última Ceia significou para o futuro da Igreja. Lá se recorda que Jesus disse: "Fazei isto em memória de mim" (1Cor 11,24). Jesus previu um longo período no qual sua presença não seria visível para seus seguidores.

Seu desejo foi que a Igreja repetisse esta Ceia sempre de novo durante este período. Nestas celebrações, Ele estaria intimamente presente, como Senhor da história, Ressuscitado, conduzindo Seu povo para aquele dia vindouro, no qual Ele fará "novas todas as coisas", no qual haverá "um novo céu e uma nova terra" (Apoc 21, 1-5).

A Última Ceia foi a etapa final de Jesus, antes de sua morte, na preparação dos Doze. Esta celebração revelou como eles e seus sucessores, através dos tempos, deveriam exercer sua missão de ensinar, santificar e governar. Segundo os Evangelhos (Mt 16, 13-19; Lc 22,31ss; Jo 21, 15-17), a responsabilidade conferida aos apóstolos, foi conferida de modo especial a São Pedro. No Evangelho de Mateus encontram-se estas palavras de Jesus: "E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela". Pedro deve ser a rocha, o representante visível de Jesus que é o alicerce da Igreja. Pedro fornecerá à igreja a liderança inabalável contra "os poderes da morte", contra quaisquer forças que queiram destruir o que Jesus trouxe ao seu povo. A fundação da Igreja por Jesus foi completada pelo envio do Espírito Santo. O nascimento efetivo da Igreja teve lugar no dia de pentecostes.

Este envio do Espírito realizou-se publicamente como também se tinha realizado à vista de todos a crucifixão de Jesus. Desde aquele dia, a Igreja se tem mostrado como uma realidade humano-divina, como a soma da obra do Espírito e do esforço dos homens, à maneira humana, para cooperar com o dom da sua presença e do Evangelho de Cristo.

 

A Igreja como o Corpo de Cristo

 

A imagem da Igreja como o Corpo de Cristo encontra-se no Novo Testamento, nos escritos de São Paulo. No cap. 10 da primeira Carta aos Coríntios, Paulo diz que a nossa comunhão com Cristo provém do "cálice de bênção" que nos une em seu sangue, e do "pão que partimos" que nos une em seu corpo. Já que o pão é um só, todos nós, embora sendo muitos, somos um só corpo.

O corpo Eucarístico de Cristo e a Igreja são, juntos, o Corpo (místico) de Cristo. No capítulo 12 da primeira Carta aos Coríntios (e no capítulo 12 de Romanos), Paulo sublinha a dependência e a relação mútuas que temos como membros uns dos outros. Nas Cartas aos Efésios e aos Colossenses o que se destaca é Cristo como nossa cabeça. Deus deu Cristo à Igreja como sua cabeça. Através de Cristo, Deus está revelando seu plano, "o mistério oculto através dos séculos", de unir todas as coisas e reconciliar-nos com Ele. Porque esse mistério está sendo manifestado na Igreja, a Carta aos Efésios chama a Igreja de "o mistério de Cristo".

 

A Igreja como o sacramento de Cristo

 

Nos nossos dias, o Papa Paulo VI expressou a mesma verdade com estas palavras: "A Igreja é um mistério. É uma realidade impregnada da presença oculta de Deus". Quando São Paulo e Paulo VI chamam a Igreja de "mistério", a palavra tem o mesmo significado que a palavra "sacramento", Designa um sinal visível da invisível presença de Deus. Assim como Cristo é o sacramento de Deus, assim a Igreja é para você o sacramento, o sinal visível de Cristo. Mas a Igreja não é um sacramento "só para seus membros".

Na Constituição Lumen Gentium, sobre a Igreja, o Concílio Vaticano II afirma claramente: "Pela sua relação com Cristo, a Igreja é um sacramento ou sinal da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano. Ela é também um instrumento para a realização desta união e desta unidade" (Lumen Gentium, nº 1). No plano que Deus tem para a raça humana, a Igreja é o sacramento, o primeiro instrumento visível pelo qual o Espírito Santo vem realizando a unidade total que para todos nós está reservada. Entretanto, este processo de salvação é uma aventura divino-humana. Nós todos participamos dele.

Nossa cooperação com o Espírito Santo consiste em nos tornarmos uma Igreja que de tal modo vê Cristo nos outros, que os outros vejam Cristo em nós.

 

O Povo Católico de Deus

 

Falando da igreja, o Concílio Vaticano II destaca a imagem do Povo de Deus mais que qualquer outra. Estritamente falando, todos os povos são de Deus; nos cap. 8 e 9 dos Gêneses, a Bíblia afirma que Deus tem um relacionamento de aliança com toda a humanidade.

Mas a imagem do Povo de Deus aplica-se de modo especial aos seguidores de Cristo no Novo Testamento e esclarece importantes traços da comunidade católica. Um fato importante com relação aos católicos é este: nós temos o senso de sermos um povo. Muito embora sejamos constituídos de grupos nacionais e étnicos os mais variados, temos a consciência de pertencer à mesma família espalhada por todo o universo. Outra característica dos católicos é nosso senso de história.

Nossa ascendência familiar remonta até à cristandade primitiva. Poucos de nós conhecem o panorama completo de nossa história como Igreja. Mas muitos de nós conhecem histórias de mártires e de santos. Sabemos de grupos, antigos e modernos, que sofreram perseguição por causa da fé. E no fundo nos identificamos com essa gente e sua história. Todas aquelas gerações que existiram antes de nós são gente sua e minha. Nossa consciência de sermos um povo tem raízes profundas.

Pode haver católicos que falham e católicos não-praticantes. Mas bons ou maus, eles são católicos. Quando retornarem, sabem onde é sua casa. E quando, de fato, retornam, são bem-vindos. A Igreja tem suas imperfeições; mas no seu coração acha-se a inesgotável torrente da misericórdia e do perdão de Deus.

A comunidade católica não é todo o povo de Deus. mas é aquele grupo central, forte e identificável, que sabe perfeitamente para onde todos estamos indo. Como o povo do Antigo Testamento em marcha para a Terra Prometida, estamos profundamente para onde todos estamos indo. Como o povo do Antigo Testamento em marcha para a Terra Prometida, estamos profundamente conscientes de que "não temos aqui morada permanente, mas estamos à procura da cidade que está para vir" (Hb 13,14).

Nosso instinto de fé nos diz que Deus está no nosso futuro, e que necessitamos uns dos outros para alcançá-lo. Isto faz parte de nossa força, é uma faceta do nosso mistério.

 

A Igreja católica: uma instituição única

 

No século XVI escreveu o Cardeal Roberto Belarmino: "A única e verdadeira Igreja é a comunidade de homens reunidos pela profissão da mesma fé cristã e pela comunhão dos mesmos sacramentos, sob o governo dos legítimos pastores e especialmente do vigário de Cristo na terra, o Romano Pontífice". Como definição da Igreja, a frase de Berlarmino é incompleta: fala da Igreja apenas como instituição visível.

Uma definição mais completa afirmaria, como o fez Paulo VI, que "a Igreja é um mistério... impregnado da presença oculta de Deus". Mas a definição de Belarmino acentua um ponto importante: a Igreja é um realidade social visível: possui um aspecto institucional que a compõe. Desde os primeiros anos da sua história, a cristandade sempre teve uma estrutura visível: nomeou chefes, prescreveu formas de culto e aprovou fórmulas de fé.

Vista a partir desses elementos, a Igreja católica é uma sociedade visível. Mas porque é também um mistério, a Igreja é diferente de qualquer outro grupo organizado. Como sociedade visível, a Igreja católica é única. Outras Igrejas cristãs possuem em comum com ela alguns "elementos" bem fundamentais, tais como "um Senhor, uma fé, um batismo, um Deus e Pai de todos nós" (Ef 4,5). Mas, como afirma o Vaticano II, "esses elementos, como dons próprios à Igreja de Cristo, impelem à unidade católica" (Lumen Gentium, nº 8).

Esta afirmação fundamental ensina que a plenitude básica da Igreja, a fonte vital da completa unidade cristão no futuro, encontra-se unicamente na Igreja católica visível.

 

A Infalibilidade na Igreja

 

Cristo deu à Igreja a tarefa de proclamar sua Boa-Nova (Mt 28, 19-20). Prometeu-nos também seu Espírito, que nos guia "para a verdade" (Jo 16,13). Este mandato e esta promessa garantem que nós, a Igreja, jamais apostaremos do ensinamento de Cristo. Esta incapacidade da Igreja em seu conjunto de extraviar-se no erro com relação aos temas básicos da doutrina de Cristo chama-se infalibilidade.

É responsabilidade do Papa preservar e nutrir a Igreja. Isto significa esforçar-se por realizar o pedido de Cristo a seu Pai na Última Ceia: "que todos sejam um; como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17,21). O magistério da Igreja tem um aspecto sacramental: está destinado a ser um sinal e sacramento de unidade. Já que também é responsabilidade do Papa ser uma fonte sacramental de união, tem ele uma função especial com relação à infalibilidade da igreja.

A infalibilidade sacramental da Igreja é preservada pelo seu principal instrumento de infalibilidade, o Papa. A infalibilidade que toda a Igreja possui, pertence ao Papa dum modo especial. O Espírito de verdade garante que quando o Papa declara que ele está ensinando infalivelmente como representante de Cristo e cabeça visível da Igreja sobre assuntos fundamentais de fé ou de moral, ele não pode induzir a Igreja a erro.

Esse dom do Espírito se chama infalibilidade papal. Falando da infalibilidade da igreja, do Papa e dos Bispos, o Concílio Vaticano II diz: "Esta infalibilidade, da qual quis o Divino Redentor estivesse sua Igreja dotada... é a infalibilidade de que goza o Romano Pontífice, o Chefe do Colégio dos Bispos, em virtude de seu cargo... A infalibilidade prometida à Igreja reside também no Corpo Episcopal, quando, como o Sucessor de Pedro, exerce o supremo magistério" (Lumen Gentium, nº 25).

 

 

Nossa Senhora,

Mãe de Deus Resumidamente, podemos dizer que Nossa Senhora é Mãe de Deus e não da divindade. Ou seja, Ela é Mãe de Deus por ser Mãe de Nosso Senhor, pois as duas naturezas (a divina e a humana) estão unidas em Nosso Senhor Jesus Cristo. A heresia de negar a maternidade divina de Nossa Senhora é muito anterior aos protestantes. Ela nasceu com Nestório, então bispo de Constantinopla. Os protestantes retomaram a heresia que havia sido sepultada pela Igreja de Cristo. Mas, afinal, por que Nossa Senhora é Mãe de Deus? Vamos provar pela razão, pela Sagrada Escritura e pela Tradição que Nossa Senhora é Mãe de Deus.                                             

A pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo

                     Se perguntarmos a alguém se ele é filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançará um olhar de espanto. E teria razão. O homem, como sabemos, é composto de corpo e alma, sendo esta a parte principal do seu ser, pois comunica ao corpo a vida e o movimento. A nossa mãe terrena, todavia, não nos comunica a alma, mas apenas o nosso corpo. A alma é criada diretamente por Deus. A mãe gera apenas a parte material deste composto, que é o seu ser. E como é que alguém pode, então, afirmar que a pessoa que nos dá à luz é nossa mãe? Se fizéssemos essa pergunta a um protestante sincero e instruído, ele mesmo responderia com tranqüilidade: "é certo, a minha mãe gera apenas o meu corpo e não a minha alma, mas a união da alma e do corpo forma este todo que é a minha pessoa; e a minha mãe é mãe de minha pessoa. Sendo ela mãe de minha pessoa, composta de corpo e alma, é realmente a minha mãe." Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Maria Santíssima. Há em Jesus Cristo "duas naturezas": a natureza divina e a natureza humana. Reunida, constituem elas uma única pessoa, a pessoa de Jesus Cristo. Nossa Senhora é Mãe deste única pessoa que possui ao mesmo tempo a natureza divina e a natureza humana, como a nossa mãe é a mãe de nossa pessoa. Ela deu a Jesus Cristo a natureza humana; não lhe deu, porém, a natureza divina, que vem unicamente do Padre Eterno. Maria deu, pois, à Pessoa de Jesus Cristo a parte inferior - a natureza humana, como a nossa mãe nos deu a parte inferior de nossa pessoa, o corpo. Apesar disso, nossa mãe é, certamente, a mãe da nossa pessoa, e Maria é a Mãe da pessoa de Jesus Cristo. Notemos que em Jesus Cristo há uma só pessoa, a pessoa divina, infinita, eterna, a pessoa do Verbo, do Filho de Deus, em tudo igual ao Padre Eterno e ao Espírito Santo. E Maria Santíssima é a Mãe desta pessoa divina. Logo, ela é a Mãe de Jesus, a Mãe do Verbo Eterno, a Mãe do Filho de Deus, a Mãe da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a Mãe de Deus, pois tudo é a mesma e única pessoa, nascida do seu seio virginal. A alma de Jesus Cristo, criada por Deus, é realmente a alma da pessoa do Filho de Deus. A humanidade de Jesus Cristo, composta de corpo e alma, é realmente a humanidade do Filho de Deus. E a Virgem Maria é verdadeiramente a Mãe deste Deus, revestido desta humanidade; é a Mãe de Deus feito homem. Ela é a Mãe de Deus - "Maria de qua natus est Jesus": "Maria de quem nasceu Jesus" (Mt 1, 16). Note-se que Ela não é a Mãe da divindade, como nossa mãe não é mãe de nossa alma; mas é a Mãe da pessoa de Jesus Cristo, como a nossa mãe é mãe de nossa pessoa. A pessoa de Nosso Senhor é divina, é a pessoa do Filho de Deus. Logo, por uma lógica irretorquível, Ela é a Mãe de Deus.                                                                                                                          

A conseqüência da negação da maternidade divina é a negação da Redenção

                                 Agora, qual é o fundo do problema dessa heresia? Analisemos alguns pormenores e algumas conseqüências de se negar a maternidade divina de Nossa Senhora. Não foram os protestantes os primeiros a rejeitar o título de "Mãe de Deus" à Nossa Senhora. Foi Nestório, o indigno sucessor de S. João Crisóstomo, na sede de Constantinopla, o inventor da absurda negação. A subtilidade grega havia suscitado vários erros a respeito da pessoa de Jesus Cristo! Sabélio pretendeu aniquilar a personalidade do Verbo. Ario procurou arrebatar a esta personalidade a áureola divinal; negaram os docetas a realidade do corpo de Jesus Cristo e os Apolinaristas, a alma humana de Cristo. Tudo fora atacado pela heresia, na pessoa de Nosso Senhor; mas a cada heresia que surgia a Igreja infalível, sob a direção do Papa de Roma, saia em defesa da única e imperecível verdade: da pessoa do Verbo divino contra Sabélio; da divindade desta pessoa, contra Ário; da realidade do corpo humano de Jesus, contra os Apolinaristas.

Bastava apenas um ponto central para suportar o ataque da parte dos hereges: era a união das duas naturezas, divina e humana, em Jesus Cristo. Caberia a Nestório levantar esta heresia, e aos filhos de Lutero continuarem a defender este erro grotesco. Foi em 428 que o indigno Patriarca Nestório começou a pregar que havia em Jesus Cristo duas pessoas: uma divina, como filho de Deus; outra humana, como filho de Maria. Por isso conclui o heresiarca, Maria não pode ser chamada Mãe de Deus, mas simplesmente Mãe de Cristo ou do homem. Concebe-se o alcance de uma tal negação. Se as duas naturezas, a divina e a humana, não são hipostaticamente unidas em Nosso Senhor Jesus Cristo, de modo a formar uma única pessoa, desaparece a Encarnação e a Redenção, porquanto o Filho de Deus, não se tendo revestido de nossa natureza, não pode ser o nosso Redentor. Somente o homem Jesus sofreu. Ora, o homem, como ser finito, só pode fazer obras finitas. Logo, a Redenção não é mais de um valor infinito; Jesus Cristo não pode mais ser adorado, pois é apenas um homem; o Salvador não é mais o Homem-Deus. Tal é o erro grotesco que Nestório, predecessor de Lutero, não temeu lançar ao mundo. Ora, os protestantes não querem levar às últimas conseqüências a negação da maternidade divina de Nossa Senhora. Admitem em Jesus Cristo duas naturezas e uma pessoa, mas lhes repugna a união pessoal (hipostática) das duas naturezas na única pessoa de Jesus Cristo. Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem: Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade, é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus.

Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano ou cairíamos no absurdo de dizer que Deus é mortal! Os protestantes, admitindo que Jesus Cristo nasceu de Maria - e não podem negá-lo, pois está no Evangelho (Mt 1, 16) -, devem admitir: que a pessoa deste Jesus é divina; que Nossa Senhora é a Mãe desta pessoa; que ela é, portanto, Mãe de Deus! É um dilema sem saída do ponto de vista racional.                                             

O Concílio de Éfeso:                                                                                                          

                         Quando o heresiarca Ário divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para confundi-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho a suplantar o herege Pelágio, e S. Cirilo de Alexandria para refutar os erros de Nestório, que haviam semeado a perturbação e a indignação no Oriente. Em 430, o Papa São Celestino I, num concílio de Roma, examinou a doutrina de Nestório que lhe fora apresentada por S. Cirílo e condenou-a como errônea, anti-católica, herética. S. Cirilo formulou a condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que resumia toda a doutrina católica a este respeito. Pode-se resumi-las em três pontos: 1) Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus; 2) A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Cristo, que é Deus; 3) Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é: denominações, propriedades e ações das duas naturezas em Jesus Cristo, que podem ser atribuídas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou. Para exterminar completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o Papa resolveu reunir o concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431, convidando todos os bispos do mundo. Perto de 200 bispos, vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. S. Cirilo presidiu a assembléia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer perante os bispos reunidos. Desde a primeira sessão a heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembléia, os bispos colocaram o santo Evangelho, para representar a assistência de Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em todos os concílios.

Os bispos cercando o Evangelho e o representante do Papa, pronunciaram unânime e simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla. Quando a multidão ansiosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o concílio, soube da definição que proclamava Maria "Mãe de Deus", num imenso brado ecoou a exclamação: "Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!" Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação angélica estas palavras simples e expressivas: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte".                                                                                                  

Provas da Santa Escritura                                                                                                     

                                  Para iluminar com um raio divino esta verdade tão bela e fundamental, recorramos à Sagrada Escritura, mostrando como ali tudo proclama este título da Virgem Imaculada. Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Ela gerou um homem hipostaticamente unido à divindade; Deus nasceu verdadeiramente dela, revestido de um corpo mortal, formado do seu virginal e puríssimo sangue. Embora, no Evangelho, Ela não seja chamada expressamente "Mãe de Cristo" ou "Mãe de Deus", esta dignidade deduz-se, com todo o rigor, do texto sagrado. O Arcanjo Gabriel, dizendo à Maria: "O santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1, 35), exprime claramente que ela será Mãe de Deus. O Arcanjo diz que o Santo que nascerá de Maria será chamado o Filho de Deus. Se o Filho de Maria é o Filho de Deus, é absolutamente certo que Maria é a Mãe de Deus.

Repleta do Espírito Santo, Santa Isabel exclama: "Donde me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?" (Lc 1, 43). Que quer dizer isso senão que Maria é a Mãe de Deus? Mãe do Senhor ou "Mãe de Deus" são expressões idênticas. S. Paulo diz que Deus enviou seu Filho, feito da mulher, feito sob a lei (Galat. 4, 4). O profeta Isaías predisse que a Virgem conceberia e daria à luz um Filho que seria chamado Emanuel ou Deus conosco (Is 7, 14). Qual é este Deus? É necessariamente Aquele que, segundo o testemunho de S. Pedro, não é nem Jeremias, nem Elias, nem qualquer outro profeta, mas, sim, o Cristo, o Filho de Deus vivo. É aquele que, conforme a confissão dos demônios, é: o Santo de Deus. Tal é o Cristo que Maria deu à luz. Ela gerou, pois, um Deus-homem. Logo, é Mãe de Deus por ser Mãe de um homem que é Deus e que, sendo Deus, Redimiu o gênero humano.                                                                                                                     

A Doutrina dos Santos Padres, a Tradição:                                                                       

Tal é a doutrina claramente expressa no Evangelho, e sempre seguida na Igreja Católica. Os Santos Padres, desde os tempos Apostólicos até hoje, foram sempre unânimes a respeito desta questão; seria uma página sublime se pudéssemos reproduzir as numerosas sentenças que eles nos legaram. Citemos pelo menos uns textos dos principais Apóstolos, tirados de suas "liturgias" e transmitidas por escritores dos primeiros séculos. Santo André diz: "Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu." (Sto Andreas Apost. in transitu B. V., apud Amad.). São João diz: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu à luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido à carne humana." (S. João Apost. Ibid). S. Tiago: "Maria é a Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus" (S. Jac. in Liturgia). S. Dionísio Areopagita: "Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes." (S. Dion. in revel. S. Brigit.) Orígenes (Sec. II) escreve: "Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe" (Orig. Hom. I, in divers.) Santo Atanásio diz: "Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta." (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.). Santo Efrém: "Maria é Mãe de Deus sem culpa" (S. Ephre. in Thren. B.V.). S. Jerônimo: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus". (S. Jerôn. in Serm. Ass. B. V.).

Santo Agostinho: "Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus". (S. Agost. in orat. ad heres.). E assim por diante. Todos os Santos Padres rivalizaram em amor e veneração, proclamando Maria: Santa e Imaculada Mãe de Deus. Terminemos estas citações, que podíamos prolongar por páginas afora, pela citação do argumento com que S. Cirilo refutou Nestório: "Maria Santíssima, diz o grande polemista, é Mãe de Cristo e Mãe de Deus. A carne de Cristo não foi primeiro concebida, depois animada, e enfim assumida pelo Verbo; mas no mesmo momento foi concebida e unida à alma do Verbo. Não houve, pois, intervalo de tempo entre o instante da Conceição da carne, que permitiria chamar Maria "Mãe de um homem", e a vinda da majestade divina. No mesmo instante a carne de Cristo foi concebida e unida à alma e ao Verbo". Vê-se, através destas citações, que nenhuma dúvida, nenhuma hesitação existe sobre este ponto no espírito dos Santos Padres. É uma verdade Evangélica, tradicional, universal, que todos aceitam e professam.

Conclusão:                                                                                                                  

                            Dever de culto à Mãe de Deus Maria é Mãe de Deus... é absolutamente certo. Esta dignidade supera todas as demais dignidades, pois representa o grau último a que pode ser elevada uma criatura. Oro, toda dignidade supõe um direito; e não há direito numa pessoa, sem que haja dever noutra. Se Deus elevou tão alto a sua Mãe, é porque Ele quer que ela seja por nós honrada e exaltada. Não estamos bastante convencidos desta verdade, porque, comparando Maria Santíssima com as outras mães, representamo-nos a qualidade de Mãe de Deus sob seu aspecto exterior e acidental, enquanto na realidade a base de sua excelência ela a possui em seu "próprio ser moral", que influi em seu "ser físico". Maria concebeu o Verbo divino em seu seio, porém esta Conceição foi efeito de uma plenitude de graças e de uma operação do Espírito Santo em sua alma. Pode-se dizer que a mãe não se torna mais recomendável por ter dado à luz um grande homem, pois isto não lhe traz nenhum aumento de virtude ou de perfeição; mas a dignidade de Mãe de Deus, em Maria Santíssima, é a obra de sua santificação, da graça que a eleva acima dos próprios anjos, da graça a que ela foi predestinada, e na qual foi concebida, para alcançar este fim sublime de ser "Mãe de Deus": é a sua própria pessoa. Diante de tal maravilha, única no mundo e no céu, eu pergunto aos pobres protestantes: não é lógico, não é necessário, não é imperioso que os homens louvem e exaltem àquela que Deus louvou e exaltou acima de todas as criaturas?

Se fosse proibido cultuar à Santíssima Virgem, como querem os protestantes, o primeiro violador foi o próprio Deus, que mandou saudar à Virgem Maria, pelo arcanjo S. Gabriel: "Ave, cheia de graça!" (Lc 1, 28). Santa Isabel: "Bendita sois vós entre as mulheres" (Lc 1, 42) Igualmente, a própria Nossa Senhora nos diz: "Doravante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada..." (Lc 1, 48). Todos esses atos indicam o culto à Nossa Senhora, a honra que lhe é devida. O Arcanjo é culpado, Santa Isabel é culpada, os evangelistas são culpados, os santos são culpados e 19 séculos de cristianismo também... Só os protestantes não... Desde os primórdios do Cristianismo, como já vimos, era comum o culto à Maria Santíssima. Em 340, S. Atanásio, resumindo os dizeres de seus antecessores nos primeiros séculos, S. Justino, S. Irineu, Tertuliano, e Orígenes, exclama: "Todas as hierarquias do céu vos exaltam, ó Maria, e nós, que somos vossos filhos da terra, ousamos invocar-vos e dizer-vos: Ó vós, que sois cheia de graça, ó Maria, rogai por nós!" Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria.

O culto de Nossa Senhora não é um adorno da religião, mas uma peça constitutiva, parte integral, e indissoluvelmente ligada a todas as verdades e mistérios evangélicos. Querer isolá-lo do conjunto da doutrina de Jesus Cristo é vibrar golpe mortal na religião inteira, fazê-la cair, e nada mais compreender da grandeza em que Deus vem unir-se às criaturas. Nossa Senhora é Mãe de Deus: "Maria de qua natus est Jesus!" Tudo está compendiado nesta frase. Maria, simples criatura; Jesus, Deus eterno; e a encarnação "de qua natus est"; afinal, a união indissolúvel que produz o nascimento, entre o Filho e a Mãe, a grande e incomparável obra-prima de Deus. Ele pode fazer mundos mais vastos, um céu mais esplêndido, mas não pode fazer uma Mãe maior que a Mãe de Deus! (S. Bernardo Spec. B.V. c 10). Aqui Ele se esgotou. É a última palavra de seu poder e de seu amor!

 

O Espírito Santo, Dom do Pai

 

1.Jesus Cristo, sua grande promessa

 

1.1. A promessa do Espírito

 

1.2. A realização da promessa

 

1.3. Mas, afinal, quem é o Espírito Santo?

 

2. Os frutos do Espírito

 

2.1. A árvore e os frutos

 

2.2. Quais são os frutos do Espírito ?

 

2.3. Condições para preservar e produzir frutos

 

2.3.1. O ramo deve estar unido ao tronco

 

2.3.2. O ramo deve estar unido aos demais ramos da árvore

 

2.3.3. O ramo precisa de raízes

 

2.3.4 . O ramo precisa de água

 

2.3.5. O ramo precisa de ar e luz

 

1.Jesus Cristo, sua grande promessa

 

1.1. A promessa do Espírito

 

Era noite de quinta-feira e Jesus estava reunido com seus discípulos, ao redor de uma mesa. Tinha acabado de lavar os pés de seus amigos, num gesto–testamento: Ele disse: “Como eu sempre fiz, façam vocês também: sirvam uns aos outros!” (Jo 13,15). Depois, com enorme tristeza, Jesus anunciara que um deles iria traí-lo e que chegara a sua hora de glória e que estaria junto com eles por pouco tempo (Jo 13,31–33).

Ao mesmo tempo, ele buscou consolar a todos: “não se perturbe o vosso coração!” (Jo 14,1). Com aquelas palavras de Jesus os discípulos ficaram perturbados! Depois de três anos de profunda amizade com aquele amigo extraordinário, depois de ter deixado tudo para segui-lo, em busca de algo mais, não era nada fácil aceitar a idéia de sua morte!

E depois? Tudo ia acabar? Quem os ajudaria a continuar a obra que Jesus tinha começado?

Ainda existia tanta confusão na cabeça daqueles homens a respeito da pessoa e da mensagem de Jesus! Quem os orientaria? Jesus, amigo, conversa, consola e faz uma grande promessa: “Não fiquem tristes e preocupados! Confiem em Deus, confiem também em mim...

se vocês me amam de verdade, obedeçam os meus mandamentos. Então, eu pedirei ao Pai, e ele dará a vocês outro Paráclito, para que permaneça sempre com vocês... Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode acolher, porque não o vê, nem o conhece. Vocês, porém, o conhecem, porque ele mora em vocês e vive em vocês... Eu não os deixarei órfãos, mas voltarei...

O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem de tudo o que lhes disse!” ( Jo 14,1–26). Em outra ocasião, logo antes da ascensão, Jesus confirmou esta promessa: “Esperem que se realize a promessa do Pai, da qual vocês já ouviram falar: dentro de poucos dias serão batizados com o Espírito Santo... O Espírito Santo descerá sobre vocês, e dele receberão força para serem minhas testemunhas até os extremos da terra!” (At 1,4– 8).

topo 1.2. A realização da promessa

 Com a sua morte e ressurreição, Jesus expande sobre o mundo o seu Espírito. Já no dia de Páscoa, ao se apresentar a seus discípulos, o Ressuscitado lhes dá seu Espírito (Jo 20,22). Há, porém, um acontecimento especial que manifesta publicamente o Dom de Cristo e o novo tempo do Espírito Santo. Foi no dia de Pentecostes, uma festa Judaica, cinqüenta dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado já tinha tirado definitivamente sua presença visível (ascensão) e seus discípulos estavam reunidos naquele mesmo salão onde Jesus tinha feito a grande promessa.

 Maria também estava lá com os amigos de seu Filho Jesus, esperando e invocando o Dom prometido. Caixa de texto: “De repente, veio do céu um ruído como de um vento que irrompe impetuoso. A casa onde estavam reunidos foi por ele preenchida. E ao mesmo tempo lhes apareceram como que línguas de fogo, que se dividiam e pousavam sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes dava o poder de exprimir-se”. (At 2,2–4 ).

Foi uma experiência fantástica, indescritível! O Espírito do Senhor foi para eles como o fogo que tudo purifica, abrasa, transforma, ilumina! Foi como o vento impetuoso que, com força, tudo impulsiona para frente! E aí estava o primeiro resultado da ação do Espírito: aquele grupo de gente simples e medrosa sai à praça para começar a missão que Jesus lhes tinha confiado, pregando a todos cheios de coragem e sabedoria. É que agora o Espírito de Cristo está com eles! É que agora têm amor no peito, muito amor para dar! E ainda tem mais!

 Naquela praça havia uma multidão de pessoas de diferentes nações e línguas: por obra do Espírito, todos entendem os apóstolos falarem em sua própria língua! E três mil deles aceitam a mensagem de Cristo e são batizados. É o nascimento da Igreja, novo Povo de Deus, onde não há distinções de raça ou nação, onde todos são irmãos. É o nascimento simbólico de uma nova humanidade, onde os homens, por obra do Espírito, começam a se entender, a falar a mesma “língua” (a linguagem do amor), a viver unidos conforme aquele projeto de Deus, do qual os homens tinham se afastado desde o começo da humanidade (ver a história simbólica da torre de Babel e da confusão das línguas

1.3. Mas, afinal, quem é o Espírito Santo?

Jesus diz claramente: o Espírito Santo é um outro (Jo 14,16). Alguém intimamente ligado com ele e com o Pai. É Deus como o Pai e o Filho. O Espírito Santo é a terceira divina pessoa da Santíssima Trindade. É o amor do Pai e do Filho que nos é comunicado. É o mesmo Espírito sempre presente na vida de Jesus.

É o Espírito Santo que transformou pobres homens em profetas, que fez a Virgem Maria ser mãe de Jesus, que impulsionou os apóstolos a serem intrépidos missionários de Cristo. É o Espírito Santo que leva a frente o Reino, a Salvação de Cristo: no mundo e em cada um de nós. É o Espírito Santo que faz nascer e crescer, que defende a pequena semente do Reino plantada por Jesus: a Igreja. É o Espírito Santo que nos torna “homens novos” no Batismo e na Crisma, que nos torna capazes de conhecer e amar Jesus Cristo para vivermos do jeito dele e como suas testemunhas no mundo. É o mesmo Espírito de Deus que mora em nós (1Cor 3,16), que nos impulsiona a sermos santos (não se espante, mas foi Jesus quem pediu isso: “Sejam santos, como santo é meu Pai que está no céu" ).

2. Os frutos do Espírito

2.1. A árvore e os frutos Uma vez Jesus contou esta parábola: “Certo homem havia plantado uma figueira em sua roça. Um dia, foi lá para colher figos, mas não encontrou. Então disse ao lavrador: Olhe! Hoje faz três anos que venho buscar figos nesta figueira, e não encontro nada! Corte-a! Ela só fica aí esgotando a terra! Mas, o lavrador respondeu: “Senhor, deixa a figueira mais um ano. Vou cavar em volta dela e pôr adubo. Quem sabe, no futuro, ela dará fruto. Se não der então a cortarás! (Lc 13,6-9).

 Outra vez Jesus usou uma outra comparação, bem parecida com a da figueira. Foi durante a última ceia, quando daquela conversa-testamento em que prometeu o Dom do Espírito. Jesus disse: “Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o agricultor. Todo o ramo que não dá fruto em mim, o Pai cortará! Fiquem unidos a mim, e eu ficarei unido a vocês! Vocês não poderão dar fruto, se não ficarem unidos a mim! Eu sou a videira e vocês os ramos. Quem fica unido a mim e eu a ele, dará muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada.

Quem não fica unido a mim, será jogado fora, como um ramo seco que só serve para ser queimado! Vocês permanecerão em meu amor, se obedecerem aos meus mandamentos. O meu mandamento é este : amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês!...

Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. E eu os destinei para ir dar fruto e para que o fruto de vocês permaneça... Eu disse isso a vocês, para que minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa! “ ( Jo 15,1-17).

Podemos resumir assim esta belíssima comparação de Jesus: 

 · Um ramo unido ao tronco: alguém unido a Cristo;

· Um ramo unido aos demais ramos: um cristão que vive em comunidade;

· Quando alguém está unido ao tronco de Cristo e ‘a árvore da Igreja, hão de florescer, crescer e amadurecer nele muitos frutos: os frutos do Espírito de Cristo.

2.2. Quais são os frutos do Espírito ?

 Diz São Paulo na Carta aos Gálatas: “Vivam segundo o Espírito e, assim, não farão mais o que os instintos egoístas desejam. Porque os instintos egoístas têm desejos que são contra o Espírito. Vocês serão verdadeiramente livres!”

As obras dos instintos egoístas são bem conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ira, rivalidade , inveja, bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes. Os que fazem tais coisas não herdarão o Reino de Deus!

Mas, os frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, bondade , compreensão, fidelidade, mansidão, domínio de si.

Os que pertencem a Cristo, crucificam os instintos egoístas, junto com suas paixões e desejos. Se vivermos pelo Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito! (Gl 5,16-25 ). São Paulo não pretende fazer uma lista completa, nem dos vícios do homem egoísta, nem das virtudes do homem que se deixa dirigir pelo Espírito de Deus. Podemos, porém, re-agrupar estas virtudes citadas como fruto do Espírito, em quatro categorias: 

 · Liberdade e domínio de si - Manter - se livre dos instintos egoístas;

· Amor ao próximo – Algumas manifestações concretas são a paciência, a compreensão, a bondade, etc...

 · Alegria e paz – são os sinais da presença de Deus em nós; · Fidelidade e perseverança – na fé e nos compromissos assumidos.

São estes alguns dos frutos mais importantes que Cristo e a sua Igreja esperam de vocês confirmados pelo Dom do Espírito: liberdade, amor, alegria, fidelidade.

 SEJAM FIRMES, FIÉIS, PERSEVERANTES ! “

Corramos com perseverança na corrida que nos é proposta, mantendo os olhos fixos naquele que é o autor e o realizador de nossa fé: Jesus. Para que vocês não se cansem e não percam o ânimo, pensem atentamente em Jesus que suportou tudo, submetendo-se à cruz, mas venceu!” (HB 12,1-4). Pensem nos milhões de santos que lutaram e venceram! Pensem em tantos outros jovens cristãos que, como você, descobriram o “algo mais“ da vida e que, apesar de toda dificuldade, continuam firmes e fiéis na caminhada cristã.

 2.3. Condições para preservar e produzir frutos

Voltando à comparação da videira, não é suficiente o ramo querer dar fruto, é preciso que existam determinadas condições. Assim acontece em nossa vida de Cristão!

2.3.1. O ramo deve estar unido ao tronco

Assim, o cristão deve estar profundamente unido a Cristo: por meio da oração diária, constante e amorosa; por meio da leitura do evangelho; por meio do amor a Maria (ela é inseparável de seu Filho!).

2.3.2. O ramo deve estar unido aos demais ramos da árvore

Assim o cristão deve estar unido aos irmãos de sua comunidade .

 Ame sua Igreja, custe o que custar!

 Participe ativamente de uma comunidade concreta, de um grupo ou pastoral da Igreja. Um sinal indispensável para continuar unido a árvore da Igreja, é a participação fiel na missa dominical!

2.3.3. O ramo precisa de raízes

Assim, o cristão precisa da eucaristia, raiz e fonte de vida cristã e de perseverança.

“Eu sou o Pão da Vida: quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele...Quem come deste pão, viverá para sempre!” (Jo 6,56–58).

 É na comunhão com Cristo-Eucaristia, que ele renova em nós o Dom de seu Espírito, alimento e força indispensável para a nossa caminhada. 2.3.4 . O ramo precisa de água Assim, o cristão precisa de momentos especiais para reavivar sua fé e sua vida cristã.

 “Eu sou a água viva”, diz Jesus. Retiro espiritual, semanas de formação, cursos de aprofundamento, encontro de oração, etc., podem ser fontes de água viva.

 Outro momento (indispensável!) é o Sacramento da Penitência: água que purifica e que dá vida nova!

2.3.5. O ramo precisa de ar e luz

Assim, o cristão precisa estar constantemente em contato com a realidade que o rodeia, com os problemas e as lutas do povo, com o sofrimento dos pobres, com as esperanças e as angústias dos homens de hoje. O cristão não pode ser um alienado mas, sim, deve estar por dentro de tudo: para poder ser fermento na construção de um mundo mais justo e fraterno.

Este é o programa mínimo de vida espiritual para a perseverança de qualquer cristão que quer viver no Espírito de Cristo e dar muito fruto.

 

 

A Divindade de Jesus

                      Os Evangelhos atestam a divindade de Jesus. A Igreja, depois de examinar todas as coisas, com todo o rigor que lhe é peculiar, não tem dúvida de nos apresentar os Evangelhos como rigorosamente históricos. A Constituição apostólica Dei Verbum, do Vaticano II, diz: "A santa Mãe Igreja, segundo a fé apostólica, tem como sagrados e canônicos os livros completos tanto do Antigo como do Novo Testamento, com todas as suas partes, porque, escritos sob a inspiração do Espírito Santo, eles têm Deus como Autor e nesta sua qualidade foram confiados à Igreja" (DV,11). O Catecismo da Igreja afirma com toda a segurança:

"A Igreja defende firmemente que os quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem exitação, transmitem fielmente aquilo que Jesus, Filho de Deus, ao viver entre os homens, realmente fez e ensinou para a eterna salvação deles, até ao dia que foi elevado" (n° 126). Jesus impressionava as multidões por ser Deus, "ensinava como quem tinha autoridade e não como os escribas" (Mt. 7,29). Ele provou ser Deus; isto é, Senhor de tudo, onipotente, oniciente, onipresente: andou sobre as águas sem afundar (Mt 14,26), multiplicou os pães (Mt 15,36), curou leprosos (Mt 8,3), dominou a tempestade (Mt 8,26), expulsou os demônios (Mt. 8,32), curou os paralíticos (Mt 8,6), ressuscitou a filha de Jairo (Mt 9,25), o filho da viúva de Naim, chamou Lázaro do túmulo, já em estado de putrefação (Jo11, 43-44), transfigurou-se diante de Pedro, Tiago e João, no Monte Tabor (Mt 17,2) e ressuscitou triunfante dos mortos (Mt 28,6)...

Os Evangelhos narram 37 grandes milagres de Jesus, sem contar os que não foram escritos. Provou que era Deus! Só Deus pode fazer essas obras! É por isso que São Paulo disse que: "Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Col 2,9). "Ele é a imagem do Deus invisível" (Col 1,15). S.Pedro diz, como testemunha: "Vimos a sua majestade com nossos próprios olhos" (2 Pe 1,16). Alguém poderia perguntar, mas quem pode provar a autenticidade dos Evangelhos? Pois bem, a crítica Racionalista dos últimos séculos empreendeu com grande ardor o estudo crítico dos Evangelhos, com a sede maldosa de destruí-los.

A que conclusão chegaram esses racionalistas materialistas que empreenderam, com o mais profundo rigor da Ciência, cujo deus era a Razão, a análise sobre a autenticidade histórica dos Evangelhos? Empregando os "métodos das citações", "das traduções", "o método polêmico", e outros, tentando desmascarar a "farsa" dos Evangelhos, chegaram à conclusão exatamente oposta a seus desejos e, por coerência científica, tiveram que afirmar como Renan, racionalista da França, na sua obra Vie de Jesus: "Em suma, admito como autênticos os quatro Evangelhos canônicos".

Harnack, racionalista alemão, foi obrigado a afirmar: "O caráter absolutamente único dos Evangelhos é, hoje em dia, universalmente reconhecido pela crítica" (Jesus Cristo é Deus ? José Antonio de Laburu, ed. Loyola, p. 55). Streeter, grande crítico inglês afirmou que: "Os Evangelhos são, pela análise crítica, os que detém a mais privilegiada posição que existe"( idem). Os mais exigentes críticos do século XIX, Hort e Westcott, foram obrigados a afirmar: "As sete oitavas partes do conteúdo verbal do Novo Testamento não admitem dúvida alguma. A última parte consiste, preliminarmente, em modificações na ordem das palavras ou em variantes sem significação. De fato, as variantes que atingem a substância do texto são tão poucas, que podem ser avaliadas em menos da milésima parte do texto" (idem pág. 56).

Finalmente os racionalistas tiveram que reconhecer a veracidade histórica, científica, dos Evangelhos: "Trabalhamos 50 anos febrilmente para extrair pedras da cantaria que sirvam de pedestal à Igreja Católica?" (ibidem). Enfim, os inimigos da fé, quiseram destruir os Evangelhos, e acabaram reconhecendo-os como os Livros mais autênticos, segundo a própria crítica racionalista. Santa Teresinha, doutora da Igreja, dizia: " É acima de tudo o Evangelho que me ocupa durante as minhas orações; nele encontro tudo que me é necessário para a minha pobre alma. Descubro nele sempre novas luzes, sentidos escondidos e misteriosos".

 

 

 

Em meio às dificuldades da vida presente, precisamos de ouvir repetidamente as palavras do anjo Gabriel e Maria por ocasião ao anúncio da Encarnação do Verbo: "A Deus nada é impossível!" (Lc 1,37). A Escritura compraz-se em incutir tal verdade. É o próprio Senhor quem diz através do Profeta Jeremias: "Eis que sou o Senhor, o Deus de toda carne; haverá para mim algo de impossível?" (Jr 32, 27). Especialmente quando refere a história de Abraão, o texto sagrado lembra o absoluto poder de Deus. Assim, por exemplo, ao prometer um filho a Abraão e Sara, anciãos estéreis, o Senhor enfrentou o riso cético de Sara e replicou: "Acaso existe algum portento superior ao poder de Javé?... No próximo ano Sara terá um filho" (Gn 18, 9-14).

Esse filho, Deus, querendo provar Abraão, pediu-lhe que o entregasse à morte; o Patriarca, já doutrinado pelos feitos anteriores, dispôs-se a imolar Isaac..., "pensando consigo mesmo: Deus é capaz de ressuscitar os mortos. Por isto recuperou seu filho como símbolo" da vitória que Deus daria aos homens sobre a própria morte (cf. Hb 11, 19). São Paulo aos Romanos escreve ainda: "Abraão acreditou em Deus, que faz viver os mortos e chama à existência as coisas que não existem" (Rm 4, 17).

O episódio de Isaac, salvo da morte que o ameaçava, não foi senão o prenúncio da plena vitória, de Cristo sobre a morte, obtida na manhã de Páscoa. A morte é o adversário inexorável que os homens por si não têm, nem terão, possibilidade de debelar. O Senhor, porém, a venceu e promete a todos os fiéis o triunfo sobre a mesma. "A Deus nada é impossível!" Esta mensagem significa que as aspirações fundamentais do coração humano, por mais ousadas que pareçam, terão seu cumprimento: ao homem serão dadas a Vida, a Verdade, o Amor, a Felicidade plenas.

"Aquele que não poupou o próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não nos terá dado tudo com Ele?" (Rm 8,32). A mesma mensagem desperta também em todos os cristãos a confiança de pedir ao Senhor queria resolver os casos "impossíveis" e as situações desesperadas, que freqüentemente os acometem neste mundo. Ele tem o poder de fazer do Não endurecido um Sim alegre, da morte a vida, da doença a saúde, do desânimo o soerguimento, do emaranhado confuso uma conjuntura simples e clara.

"Até agora nada pedistes em meu nome. Pedi e recebereis para que a vossa alegria seja completa" (Jo 16, 24).

Em meio às dificuldades da vida presente, precisamos de ouvir repetidamente as palavras do anjo Gabriel e Maria por ocasião ao anúncio da Encarnação do Verbo: "A Deus nada é impossível!" (Lc 1,37). A Escritura compraz-se em incutir tal verdade. É o próprio Senhor quem diz através do Profeta Jeremias: "Eis que sou o Senhor, o Deus de toda carne; haverá para mim algo de impossível?" (Jr 32, 27). Especialmente quando refere a história de Abraão, o texto sagrado lembra o absoluto poder de Deus. Assim, por exemplo, ao prometer um filho a Abraão e Sara, anciãos estéreis, o Senhor enfrentou o riso cético de Sara e replicou: "Acaso existe algum portento superior ao poder de Javé?... No próximo ano Sara terá um filho" (Gn 18, 9-14).

Esse filho, Deus, querendo provar Abraão, pediu-lhe que o entregasse à morte; o Patriarca, já doutrinado pelos feitos anteriores, dispôs-se a imolar Isaac..., "pensando consigo mesmo: Deus é capaz de ressuscitar os mortos. Por isto recuperou seu filho como símbolo" da vitória que Deus daria aos homens sobre a própria morte (cf. Hb 11, 19). São Paulo aos Romanos escreve ainda: "Abraão acreditou em Deus, que faz viver os mortos e chama à existência as coisas que não existem" (Rm 4, 17).

O episódio de Isaac, salvo da morte que o ameaçava, não foi senão o prenúncio da plena vitória, de Cristo sobre a morte, obtida na manhã de Páscoa. A morte é o adversário inexorável que os homens por si não têm, nem terão, possibilidade de debelar. O Senhor, porém, a venceu e promete a todos os fiéis o triunfo sobre a mesma. "A Deus nada é impossível!" Esta mensagem significa que as aspirações fundamentais do coração humano, por mais ousadas que pareçam, terão seu cumprimento: ao homem serão dadas a Vida, a Verdade, o Amor, a Felicidade plenas.

"Aquele que não poupou o próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não nos terá dado tudo com Ele?" (Rm 8,32). A mesma mensagem desperta também em todos os cristãos a confiança de pedir ao Senhor queria resolver os casos "impossíveis" e as situações desesperadas, que freqüentemente os acometem neste mundo. Ele tem o poder de fazer do Não endurecido um Sim alegre, da morte a vida, da doença a saúde, do desânimo o soerguimento, do emaranhado confuso uma conjuntura simples e clara.

"Até agora nada pedistes em meu nome. Pedi e recebereis para que a vossa alegria seja completa" (Jo 16, 24).

 


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